PSV “também jogou com 10” contra o Benfica

Philips Sport Vereniging

Philipp Mwene (PSV)

Críticas ao desempenho de Philipp Mwene e saudades de Luuk de Jong, na análise ao empate sem golos.

Foi difícil, foi a sofrer até ao último minuto, mas o Benfica conseguiu o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões. O empate a zero no estádio do PSV Eindhoven foi suficiente.

A tarefa da equipa portuguesa já iria ser apertada e ainda mais complicada ficou quando, pouco depois da meia hora, Lucas Veríssimo foi expulso. Ao longo de uma hora o Benfica defendeu (e bem), Otamendi impediu muitos ataques contrários e Vlachodimos esteve lá, quando foi preciso.

Quem não esteve – e não está há muito tempo – foi Luuk de Jong. O goleador deixou o PSV rumo ao Sevilha há dois anos mas é por aí que o jornal Algemeen Dagblad inicia a sua análise ao jogo da noite passada: “E se o Luuk de Jong ainda jogasse no PSV? Seria uma arma extra numa caçada que resultou numa grande deceção”.

Classificando a receção do Benfica como um “jogo maravilhoso, cativante e atraente” até ao final, o diário indica que os jogadores do PSV entraram em campo motivados porque sabiam da diferença de qualidade entre as duas equipas.

O artigo reforça o que se viu durante o jogo: a exibição de Cody Gakpo, o jovem avançado, sempre inconformado e a tentar mudar o rumo da eliminatória, que demonstrou ter nível para jogar na Liga dos Campeões.

O PSV teve três problemas principais neste duelo, de acordo com o AD.

O primeiro foi a própria postura do Benfica, comandado pelo “habilidoso” Jorge Jesus, que “tudo o que fez foi diminuir o campo“, ou seja, impedir que houvesse espaço para atacar. O PSV nunca encontrará este tipo de postura no campeonato nacional, segundo o jornal.

O segundo problema foi Erin Zahavi, que despediçou a oportunidade de golo mais clara neste jogo. “Assumo a responsabilidade”, disse o jogador, depois do encontro.

O terceiro grande problema foi Philipp Mwene. E regressam as saudades de antigos jogadores: o lateral-direito “não é, nem Santiago Arias, nem Denzel Dumfries” – Arias, ex-Sporting, deixou o PSV há três anos rumo ao Atlético de Madrid; Dumfries foi anunciado há poucos dias como reforço do Inter Milão. Apesar dos espaços que Mwene teve, o ex-Mainz foi lento e não deu à sua equipa o que poderia ter dado. O artigo até indica que, por causa do fraco desempenho de Mwene, o PSV “também jogou com 10 elementos”.

E, de acordo com o capitão Marco van Ginkel, houve outro entrave: o antijogo do Benfica. “Perderam tempo, deitaram-se no chão… Saíram-se bem com isso”, afirmou o médio de Eindhoven.

Nuno Teixeira, ZAP //

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