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PSP investiga alegada agressão de um agente a mulher na Amadora

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Tiago Petinga / Lusa

A PSP abriu um processo de averiguações sobre a atuação policial contra uma mulher que foi detida, no domingo, na Amadora, ocorrência que envolveu “agressões” e que resultou numa denúncia contra o polícia de serviço.

No âmbito desta ocorrência, a organização SOS Racismo recebeu hoje “uma denúncia de violência policial contra a cidadã portuguesa negra”, indicando que a mulher ficou “em estado grave”, resultado das agressões que sofreu na paragem de autocarros e dentro da viatura da PSP em direção à esquadra de Casal de São Brás, na Amadora, no distrito de Lisboa.

Sobre as circunstâncias da ocorrência, a Direção Nacional da PSP informou que o polícia acusado de agredir a mulher detida “foi abordado pelo motorista de autocarro de transporte público que solicitou auxílio em face da recusa de uma cidadã em proceder ao pagamento da utilização do transporte da sua filha, e também pelo facto de o ter ameaçado e injuriado”.

“Este polícia, depois de se inteirar da versão dos acontecimentos prestada pelo motorista, dirigiu-se à cidadã por este indicada”, esclareceu a PSP, referindo que a intervenção policial ocorreu pelas 20h30 de domingo, na Amadora.

Ao contrário da denúncia contra o polícia, a PSP afirmou que a mulher reagiu de forma “agressiva” perante a iniciativa do polícia em tentar dialogar, “tendo por diversas vezes empurrado o polícia com violência, motivo pelo qual lhe foi dada voz de detenção”.

A partir do momento da detenção da mulher, alguns outros cidadãos que se encontravam no interior do transporte público tentaram impedir a ação policial, nomeadamente “pontapeando e empurrando o polícia”, disse a Direção Nacional da PSP, em comunicado, acrescentando que o polícia se encontrava sozinho.

Para fazer cessar as agressões, o polícia “procedeu à algemagem da mesma, utilizando a força estritamente necessária para o efeito face à sua resistência”.

“Salienta-se que a mesma, para se tentar libertar, mordeu repetidamente o polícia, ficando este com a mão e o braço direitos com marcas das mordidelas que sofreu e das quais recebeu tratamento hospitalar”, avançou a PSP.

A situação só ficou resolvida com a chegada de reforço policial, para conter as pessoas no local e promover a condução da mulher detida à esquadra para formalização da detenção e notificação para comparência em tribunal.

De acordo com a PSP, a mulher detida pediu para ser conduzida ao Hospital Fernando da Fonseca, na Amadora, o que aconteceu pelas 22h00 de domingo, assim como o polícia que foi igualmente assistido na mesma unidade hospitalar, encontrando-se de baixa médica e, “até ao momento, não foi decretada a suspensão preventiva de funções”, disse à Lusa fonte policial.

Como consequência direta da formalização de uma denúncia contra o polícia que procedeu à detenção, apresentada pela mulher na segunda-feira, “a PSP já iniciou a instrução de um processo de averiguações para, a par do processo criminal, proceder à averiguação formal das circunstâncias da ocorrência e de todos os factos alegados pela cidadã”.

Mulher foi constituída arguida

Segundo a SOS Racismo, a mulher detida “confirmou toda a cronologia da bárbara agressão de que foi vítima em frente à sua filha menor de oito anos”, relatando ainda que, enquanto a agredia, “o agente não parou de proferir insultos racistas“.

“A versão da vítima desmente em tudo o conteúdo da versão do comunicado emitido pela PSP sobre este caso de abuso de força e de violência policial”, reforçou a SOS Racismo, alertando que 76% das queixas contra agentes de polícia por agressão a cidadãos no concelho de Amadora são arquivadas.

Para esta organização, “é inconcebível que a vítima seja constituída arguida e presente sine die a tribunal enquanto nada acontece ao seu agressor”. Neste sentido, a SOS Racismo defendeu que o polícia envolvido nas agressões deve ser “imediatamente suspenso” de funções, pretendendo “que se faça justiça e que se acabe com a impunidade da violência policial racista”.

Em declarações ao jornal Contacto, a angolana contou que o polícia lhe pediu o cartão de identificação e, não vendo a sua exigência ser cumprida, agrediu-a, inclusive “apertando o pescoço”. Para se libertar, a mulher assumiu ter “mordido a mão do polícia”, tendo este, “empurrado” a sua filha.

Já no carro da polícia, a angolana diz que foi “esmurrada” e “insultada” enquanto estava algemada. “Eu estava cheia de sangue e gritava muito. Então, subiram o volume da música para não me ouvirem na rua”, contou ao jornal luxemburguês de língua portuguesa.

A PSP confirmou que a mulher foi constituída arguida e sujeita à medida de coação de termo de identidade e residência. Presente a um juiz de instrução criminal, a angolana ficou indiciada do crime de resistência e coação sobre agente da autoridade, enquanto o polícia envolvido não foi constituído arguido.

O Bloco de Esquerda e o Livre já questionaram o Governo sobre este caso.

ZAP // Lusa

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15 Comments

  1. Mais uma vez, a escória da SOS Racismo a mostrar a sua total falta de educação, falta de civismo, falta de respeito por Potugal e pelos portugueses, etc, etc!…
    Então o motorista chama a PSP porque a selvagem não quer pagar o devido bilhete e estes símios ainda acusam o polícia?!
    A SOS Racismo é uma associação racista que ataca tudo que seja lei e ordem, porque pensam que estão na selva e que as “minorias” (coitadinhos) podem fazer o que lhes apetece – inclusive agredir agentes da autoridade!!
    É urgente pôr na ordem essa associação que defende os criminosos e ataca constantemente a polícia!!

    • ela tem vi Eu na televisão a pele negra de tal maneira que nem se vêem as marcas da carga de porrada que levou e tu tens consigo ver daqui os miolos mais negros que a pele dela se a essa caca que tens se pode chamar miolos. só falas assim porque te sentes na segurança do anonimato da vida virtual na vida real és tenho a certeza um cobardolas.

    • Não diria pior! Essa foi muito má! Tinha-o em mais consideração mas afinal revela-se um racista apesar de me lembrar de ler aqui comentários seus a negá-lo. Lamento por si porque o racismo é uma deficiência de caráter muitas vezes com horríveis consequências. Espero de si nada menos do que uma assunção de erro ao usar a palavra “símios”. Já quanto à interpretação apressada e superficial dos factos, é só mais uma entre as muitas que se lêem por aqui.

      • Racista?
        Ora essa… porquê?
        Por achar que a lei e a ordem devem ser respeitadas e quem não o faz deve ser sancionado?
        Se ela fosse branca o meu comentário seria exactamente igual!!
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        A palavra “símios” parece-me ter sido bem empregue e tanto serve para os gangs de “anjinhos” de pele escura da grande Lisboa (que constantemente desrespeitam as regras mínimas do civismo e atacam a polícia!) sempre apoiados pelos racistas da SOS Racismo, como para os assassinos cobardes que acabaram por matar à paulada o estudante cabo-verdiano em Bragança, como para a ciganada, como para as claques de futebol, etc, etc; independentemente de serem brancos ou pretos!
        Ou seja, é uma boa palavra para adjectivar toda a canalha que anda (normalmente bando) a provocar desordem e confusão!!
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        Não fiz qualquer “interpretação apressada e superficial dos factos”, até porque foquei-me principalmente nos comentários/”filmes” da SOS Racismo e o seu constante desrespeito pela lei/agentes autoridade e o insulto generalizado aos portugueses!
        O que é certo deste caso é que a “inocente” não tinha bilhete, o motorista chamou o polícia, a “vítima” não tinha identificação e recusou sair do autocarro e obedecer às ordens do agente… o resto não é claro, mas se ela tivesse o mínimo de educação, tudo teria sido evitado!
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        O racismo não pode continuar a ser a desculpa para a desordem e para falta de civismo/educação!!

        • Como antes já o tinha feito, no seu anterior comentário, subscrevo também neste o que escreveu.
          Meu caro, vivemos tempos em que as regras bäsicas de civismo, de convivência em sociedade e de respeito pelos outros são absolutamente ignoradas. Pura e simplesmente, estamos a falar de gente desprovida de qualquer padrão etico/moral a que, de forma oportunista e nojenta, aliam o discurso habitual do racismo. A reboque surgem estas organizações estilo “SOS Racismo”, cujos verdadeiros objectivos, para lá da treta do discurso do racismo e do evidente desejo de protagonismo mediático de 2 ou 3 criaturas, eu gostaria de ver bem explicadinhos…
          Nunca vi estes cavalheiros do SOS racismo virem a publico prestar apoio, solidariedade ou acusar de “racista” um ou varios elementos de outra raça, nomeadamente negra, sempre que alguém de raça branca é assaltado e/ou agredido á facada por alguém de raça negra. São os hipócritas do SOS racismo, no seu habitual registo, onde “racismo” é algo selectivo, ou seja, só é se forem negros os agredidos/ofendidos por alguém de outra raça, de preferência, branca.
          Com as comunidades, Chinesa, Indiana, Paquistanesa, Timorense entre outras, em Portugal, nunca se ouvem quaisquer tipo de chatices desta natureza. Porque será? Seguramente porque são pessoas que vivem o seu dia-a-dia, fieis ás suas orgens e cultura (e ninguém os incomoda por isso) mas sabem que também têm de respeitar as regras deste país.

    • Chega a ser cómico o que se lê por aqui. Veja as respostas que lhe deram!
      Sem conhecer os factos na integra, o que objectivamente parece verdade para muitos é que: A senhora é uma “santa”. O motorista é maluco, porque chamou a policia sem que nada o justificasse e apenas porque lhe apeteceu “montar o barraco”. O policia é racista porque cumpriu o seu dever, ou seja, perante alguém (seja preto, branco, amarelo, vermelho ou ás pintinhas cor de rosa) que, pelo que se percebe, não queria pagar o respetivo bilhete de transporte.
      Incrivel!

  2. Gratuitidade de transporte Publico é consentida a crianças até aos 5 Anos de idade. Quanto a força usada do agente de Policia em presença da filha menor deveria ser muito mais contida. Como se sabe, nas grandes Cidades em particular este tipo de comportamentos por parte de certas pessoas ( sejam elas pretas, brancas ou core de rosa as riscas), são exacerbados, podendo levar a cometer actos de alta violência contra quem possa intervir. Há zonas que são autênticos barris de pólvora !

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