O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais na Madeira, com 37% a 41% dos votos, o que lhe retira a maioria absoluta no parlamento, segundo a projeção da RTP/Católica.
O Partido Social Democrata venceu as eleições legislativas regionais na Madeira, com com 37% a 41% dos votos. Com este resultado, o PSD elege entre 19 e 23 dos 47 deputados da assembleia regional.
De acordo com a projeção, o PS alcança 34% a 38% dos votos (17 a 21 deputados), o CDS-PP 5% a 7% (dois a três) e o JPP 3% a 5% (um a dois). Segue-se a CDU (PCP/PEV), com 1% a 3% (zero a um deputado), o BE, também com 1% a 3% (zero a um), e o PAN, com 1% a 2% (sem deputados). A projeção aponta para uma taxa de abstenção entre 41% e 46%.
Em 2015, os resultados das legislativas regionais permitiram ao PSD manter, por um deputado, a maioria absoluta – com que sempre governaram a região -, ocupando 24 lugares na assembleia legislativa.
O atual parlamento é ainda composto por CDS (sete deputados), PS (cinco), JPP (cinco), CDU (dois), BE (dois), PTP (um) e um deputado independente/não inscrito.
Há quatro anos, nas eleições antecipadas, devido à demissão do então presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, a abstenção foi 50,42%.
Ao fim de 43 anos “acabou o poder absoluto”
A secretária-geral adjunta do PS considerou hoje que, ao fim de 43 anos, acabou o poder absoluto do PSD na Madeira e que os socialistas obtiveram nestas eleições regionais o seu melhor resultado de sempre.
“A confirmarem-se as projeções, ao fim de 43 anos, acabou o poder absoluto na Madeira” e “o PSD não voltará a ter maioria absoluta”, declarou Ana Catarina Mendes na reação da direção nacional do PS às projeções sobre os resultados das eleições para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira.
Ana Catarina Mendes salientou que, nestas eleições, o PS “obterá o seu melhor resultado de sempre na Madeira”, prevendo-se que “mais do que triplique” o seu número de mandatos na Assembleia Legislativa Regional.
O secretário-geral do CDS-PP/Madeira, Gonçalo Pimenta, destacou também o fim da maioria absoluta na região e a diminuição da abstenção, num primeiro comentário à projeção dos resultados das eleições legislativas madeirenses, que se realizaram hoje.
“Destaco o decréscimo da abstenção e o fim do ciclo das maiorias absolutas, que é positivo no nosso entender”, disse o secretário geral, lembrando que o CDS-PP “sempre disse que se devia quebrar este ciclo das maiorias absolutas”.
Questionado sobre os resultados que as projeções apontam para o CDS, o secretário geral remeteu comentários para quando forem conhecidos os resultados finais. “O CDS não vai comentar projeções, apenas resultados eleitorais na noite eleitoral. Vamos aguardar com muitas expectativas, calma e serenidade”, afirmou.
Quanto a um possível entendimento com outra força política, o secretário-geral dos centristas lembrou que o partido “sempre disse que está disponível para colaborar com o futuro da região”.
“É esta a postura que vamos ter os próximos quatro anos. Depois determinaremos o que iremos fazer relativamente a cooperar com quem ganhou ou quem com ganhar”, afirmou.
ZAP // Lusa