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De calculadora em riste, PSD faz contas para evitar um resultado “igual, pior ou muito pouquinho melhor” nas autárquicas

ppdpsd / Flickr

O presidente do PSD, Rui Rio

PSD tenta recuperar de duas eleições autárquicas menos conseguidas, agarrando-se aos municípios em que a obra feita pelos autarcas do PS não recebe nota positiva de forma unânime da população ou onde haverá uma transição de poder imposta pela lei de limitação de mandatos. 

Numa entrevista à Rádio Renascença, publicada ontem, Rui Rio fez depender o seu futuro como líder do PSD do resultado conquistado pelo partido no próximo domingo, 26 de setembro, nas eleições autárquicas. Segundo Rio, as ilações serão tiradas com o devido tempo e espaço para reflexão. No entanto, deixou escapar que em cima da mesa está a possibilidade de não se recandidatar caso os sociais-democratas obtenham um resulatdo “igual, pior ou muito pouquinho melhor” do que o de 2017.

Na ocasião, Rio recusou-se a quantificar o número de câmaras que se traduziriam num resultado positivo para o partido, defendendo mesmo que nem todas têm o mesmo “peso político”. Segundo o líder dos sociais-democratas, o objetivo será “encurtar a distância” para o PS, a qual se cifra atualmente nas 63 autarquias. Como tal, a aposta será na recuperação de câmaras perdidas, aumentar o número de vereadores e, desta forma, inverter a tendência de queda que tem abalado o PSD nas duas últimas eleições locais.

O jornal Público foi ouvir os críticos para tentar perceber quais os cenários mais realistas para o PSD, avançando ainda que, segundo as contas da direção do partido, um acréscimo de 10 a 15 câmaras é possível. Tal não seria sinónimo de uma “derrota estrondosa”, nem de uma “vitória extraordinária”.

Entre as câmaras que podem vir a estar na calha do PSD estão a do Funchal (Madeira), a de Coimbra, a de Barcelos (Braga), a de Águeda (Aveiro), a de Castelo de Paiva (Aveiro), a de Oliveira do Bairro (Aveiro), a de Góis (Coimbra), a de Oliveira do Hospital (Coimbra), a de Tábua (Coimbra), a de Penacova (Coimbra), a de Lamego (Viseu), a de Vila Nova de Paiva (Viseu), a de Oliveira de Frades (Viseu).

Os sociais-democratas têm ainda expectativa de um bom resultado em Marco de Canavezes (Porto), em Paços de Ferreira (Porto), na Azambuja (Lisboa), em Peniche (Leiria), em Pedrógrão Grande (Leiria), em Castanheira de Pêra (Leiria), em Tavira (Faro), em Mondim de Bastos (Vila Real) e em Ribeira de Pena (Vila Real) — apesar de muitos casos estarem repletos de pontos de interrogação e se’s.

Segundo o que o Público apurou, as contas de direção de Rio apontam, como referido anteriormente, para a conquista de 10 a 15 autarquias, números inferiores aos ideais, cerca de 40, o que que permitira ao PSD assumir o controlo da Associação Nacional de Municípios, mas também a Rui Rio acalmar a agitação interna e calar os críticos, escudando-se num ótimo resultado eleitoral.

Para além das câmaras anteriormente enumeradas, há ainda que ter em conta as percentagens obtidas por Vladimiro Feliz e Carlos Moedas, candidatos do PSD à Câmara do Porto e Lisboa, respetivamente.

ZAP //

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