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A tendência de conforto do PS: sondagens apontam para vitória segura

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Manuel De Almeida / LUSA

O secretário-geral do Parido Socialista (PS) e primeiro-ministro, António Costa

Com apenas três dias de diferença, foram divulgadas duas sondagens que revelam dados contraditórios sobre as intenções de voto nos dois principais partidos. Ainda assim, numa leitura global, o PS mantém-se a uma distância muito confortável do PSD.

Ao que tudo indica, os períodos mais difíceis da governação pouco abalaram as intenções de voto nos socialistas, que desde o verão do ano passado mantêm uma vantagem mínima de dez pontos sobre o PSD.

Segundo o Público, duas sondagens, divulgadas apenas com três dias de diferença, revelam dados contraditórios sobre as intenções de voto nos dois principais partidos: numa, o PS desde e o PSD sobre; na outra acontece o inverso.

Ainda assim, o PS mantém-se a uma distância muito confortável do PSD – entre 11 e 15 pontos percentuais. Esta tendência, que se mantém desde o verão do ano passado, parece dar ao PS a bandeira segura da vitória.

Depois do empate técnico entre os dois partidos por volta das legislativas de 2015, desde março de 2016 que o PS se descolou do PSD, acentuando essa diferença ao longo das sondagens. Foi no verão de 2017 que esta diferença atingiu os 15 pontos percentuais e, apesar da turbulência causada pelos incêndios de outubro desse ano e do último verão, a distância entre os dois partidos voltou a acentuar-se agora.

Os incêndios, a polémica sobre Tancos e a substituição da procuradora-geral da República parecem não ter abalado o PS, ainda que tenham sido os momentos mais difíceis do atual Governo.

A consulta de opinião da Eurosondagem para o Expresso e a SIC, divulgada este fim de semana, dá aos socialistas uma percentagem de 41,8% das intenções de voto, mais 0,4 pontos em relação à efetuada Setembro.

Já no estudo feito pela Aximage para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã, os inquiridos apontam para uma quebra de 1,1 pontos dos socialistas, que recolhem 37,8% das intenções de voto, quando um mês antes contavam com 38,9% das intenções de voto (menos um ponto percentual do que em Setembro).

Nas duas sondagens há diferenças assinaláveis: o universo da Eurosondagem é sempre superior a mil inquiridos, enquanto o barómetro da Aximage ronda as 600 pessoas. Além disso, enquanto esta última empresa divulga as intenções de voto incluindo a percentagem de indecisos, a primeira não o faz, o que pode alterar as leituras globais.

Apesar das diferenças que separam as duas sondagens, os dados absolutos em relação aos sociais democratas são muito semelhantes: 26,4% de intenção de voto segundo a Aximage, menos 0,4 pontos que na Eurosondagem. Ainda assim, o PSD sobe na sondagem da Aximage e desce na Eurosondagem.

No entanto, se nos centrarmos na consistência do cenário socialista ao longo do tempo, podemos concluir que nem os períodos de turbulência afetaram o PS, o que sugere ser provável que o mesmo cenário se mantenha ao longo do ano eleitoral de 2019.

ZAP //

17 Comments

  1. Vitória segura e merecida. Qualquer comparação entre o trabalho da PAF e da Geringonça é comprar a Estrada da Beira com a beira da estrada. Ou a Obra Prima do Mestre, com a prima do mestre de obras.

    • Eh eh eh eh… já não me ria tanto há muito tempo. Tu deves ser um daqueles artolas que não sabes o que são cativações e andar a reboque da Europa. E mesmo assim estamos nos que crescem menos em toda a Europa. O amigo fica feliz com pouco! Continua assim e quando puderes regressa à escola para abrires mais os teus horizontes.

      • Ò caro amigo, deixe-se lá de coisas fáceis, que isso de recorrer ao ataque pessoal já não pega.

        O que é certo, é que entre o Centeno cativações e a Maria Luis “vende o que é do estado e ganha um tacho na Arrow”… Entre um otimista irritante e um irrevogável ou um Relvas Analytics… Eu nem penso duas vezes. Caso você ainda não tenha percebido a ideia acima ilustrada, eu explico de outra maneira: Não comparar o Santo António feito em pau preto, como um Santo António preto de pau feito.

  2. Desiludido, (e provavelmente com algumas razões para tal), nem o Partido Socialista é geringonça, nem chegamos ao Brasil.
    As sondagens refletem o sentimento do povo português, e não apenas dos direitalhos, que se julgam no direito de tentando confundir os eleitores, deitarem pela boca fora toda a enxurrada de mentiras que lhes vier à cabeça, apelidando de mentirosos aqueles que melhor fizeram pelo país nos últimos 30 anos.
    Estas palavras saem de um cidadão que ao longo dos anos viu muita coisa já, pelo que não se deixa confundir por quem tem no horizonte apenas as siglas do seu partido, cegando completamente para tudo que de lá não venha.
    Na minha opinião, neste momento o P.S. tem o melhor programa, a maior experiência e o melhor líder, como tal é justo que venha a vencer.

  3. Pois era o que eu ia dizer: até lá muita água vai correr debaixo da ponte. E ao virar dada curva é esperar surpresas. Porque já como dizia Cervantes: Deus suporta os maus, mas não eternamente.

  4. Sondagens..não acredito nelas..Viu-se em 2015, os xuxas ganhavam mas perderam mas lá fizeram a cambalhota com o PC e o Berloque de esquerda e ganharam na secretaria.Será que o povo português continua a ser tão burro? Não me parece pois aprendeu a lição da bancarrota dos xuxas que nos levou ao tapete por muitos e bons anos…

  5. Os direitolas continuam com uma grade dor de cotovelo e de barriga. Eu dá-me um prazer enorme vê-los assim, é mesmo um gozo, até durmo melhor quando leio estes comentários enraivecidos deles. Pois amigos, podem esperar sentados, porque vão chupar/gramar o Governo do PS pelo menos mais nove anos, ou seja duas legislatura. Boa sorte amigos e não se inquietem tanto, não vão para aí ter algum enfarte.

    • Ahahahah… Nem mais, António! Enervadíssimos e em puro “denial”, estes anti-esquerdistas primários. De Buda a Cristo, todos os sábios e pessoas boas da História defenderam princípios de natureza socialista. Atenção que o socialismo não tem nada a ver com Estalinismo nem Leninismo. O Verdadeiro socialismo visa a posse dos meios de produção nas mãos da sociedade e da cidadania colectiva. Não nas mãos do Estado… Só o socialismo totalitário ou autoritário é que visa a estatização dos meios de produção. É a grande diferença entre cooperativas e empresas públicas, por exemplo. Mas para quem vê as coisas a preto e branco e cresceu a ouvir dizer que a esquerda/direita é uma espécie de Sporting/Benfica, é claro que nunca lei filosofia política, nunca leu história das ideias políticas, não faz ideia do que Marx, Polanyi, Milton Friedman, Keynes, Adam Smith, John Lock ou Henry George escreveram. Mas falam de política como se fossem uns autênticos especialistas.

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