Esta segunda-feira, o PSD fez uma publicação nas redes sociais na qual aponta o dedo ao Governo, de uma forma humorística. O deputado socialista João Paulo Correia acusou o partido laranja de ceder ao “populismo e irresponsabilidade” no caso da venda das barragens pela EDP à Engie.
Esta terça-feira, o PS acusou o PSD de fazer um “ataque calunioso e mentiroso” nas redes sociais ao Governo e ao primeiro-ministro, António Costa, a propósito da venda de barragens pela EDP, considerando que os sociais-democratas cederam ao “populismo e irresponsabilidade”.
Em causa está uma publicação na conta oficial do PSD nas redes sociais, divulgada na segunda-feira à noite, com uma montagem onde o primeiro-ministro surge ao lado de um quadro preto onde se lê: “Manual. Como fugir a 110 milhões de euros de impostos. Patrocinado por António Costa e EDP”.
https://twitter.com/ppdpsd/status/1379110098182766595
“O PS condena o ataque calunioso e mentiroso que o PSD tem dirigido nas redes sociais ao Governo e ao primeiro-ministro a propósito da venda de seis barragens entre EDP e Engie”, afirmou o deputado e vice-presidente da bancada socialista João Paulo Correia, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
O dirigente socialista recordou que o primeiro-ministro já se pronunciou, no Parlamento, há cerca de duas semanas sobre este negócio e classificou-o como “no mínimo criativo”, dizendo que ficaria perplexo se a Autoridade Tributária (AT) não o estivesse já a investigar.
“É falso que a lei [do estatuto dos benefícios fiscais] tenha sido alterada para acomodar este negócio da venda das seis barragens”, acrescentou João Paulo Correia.
O deputado salientou ainda que o PS se tem referido ao negócio como “complexo e criativo” e defendido que se a AT “comprovar que houve planeamento fiscal agressivo e abusivo”, a EDP e a Engie terão de pagar “os impostos devidos ao Estado”.
João Paulo Correia acusou ainda o PSD de ter cedido “à irresponsabilidade, ao extremismo e ao populismo” e defendeu que “em política não vale tudo”.
// Lusa