PS deve ter “encontrado petróleo” na Madeira (e o PSD viu ouro)

Homem de Gouveia / Lusa

O ex-secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafofo.

Miguel Albuquerque garante 1.500 casas novas no Caniço, com promessas “para cumprir”. E fala em “dois orçamentos” do maior rival.

A uma semana das eleições na Madeira, a campanha continuou nas ruas, com Miguel Albuquerque a prometer a construção de 1.500 casas no Caniço, até ao fim do novo mandato.

O líder do PSD/Madeira, candidato à presidência do Governo Regional, prometeu construir mais 695 novas casas, a custos controlados. Há 613 que estão a ser construídas em regime de renda acessível e 200, assegura, serão construídas até 2026.

Estas casas novas, com IVA reduzido, “serão colocadas no mercado a preços 35% inferiores ao valor de mercado”.

E Miguel Albuquerque assegurou: “Todas as promessas feitas até agora serão, tal como sempre, para cumprir. As nossas promessas estão contabilizadas, são consistentes, são sustentáveis do ponto de vista financeiro e são todas exequíveis”.

Albuquerque disse que o PSD “só se compromete com aquilo que pode cumprir” e atirou uma crítica ao maior rival: “Ao contrário do PS/Madeira, que olhando para as propostas do seu líder aqui na Madeira, precisaria de mais dois Orçamentos”.

Paulo Cafôfo, candidato do PS/Madeira, afasta-se dessas críticas e aponta para outras contas: as dos “tachos”.

“Numa terra onde temos 33 milhões de euros por ano em tachos no Governo, 2,4 milhões diria que é dinheiro bem investido.

Cafôfo referia-se à promessa do PS de subir o Complemento Solidário para Idosos para 150 euros mensais. Esta medida seria para “dar condições de vida mais dignas àquelas pessoas que auferem de pensões mais baixas”.

Petróleo e ouro

O candidato da IL acha que PSD e PS, para prometerem medidas que vão custar muito dinheiro, devem ter encontrado uma fonte de riqueza na região.

No sábado, Nuno Morna comentou: “Devem ter encontrado ouro em algum lado, devem ter encontrado uma riqueza qualquer que toda a gente desconhece, que faz com que se possa prometer mundos e fundos, dizer que tudo é gratuito, tudo é dado, que os subsídios vêm aí a torto e a direito e isso é tudo mentira”.

Morna lembrou que a Madeira não é “uma terra de riqueza” e que vive “essencialmente do turismo”.

Já no domingo, o conteúdo mudou ligeiramente e Morna focou-se no PS: “Entrou numa espiral de tudo dar, de tudo oferecer a toda a gente, como se tivesse encontrado petróleo na Chamorra. Não há petróleo na Chamorra”.