Um grupo de empresários do setor da restauração, bares e comércio arremessaram esta sexta-feira garrafas contra agentes da PSP e queimaram caixões durante uma manifestação na Avenida dos Aliados, no Porto.
Este protesto do movimento “A pão e água”, que começou por volta das 16:00 e reúne mais de mil empresários a contestar medidas que consideram restritivas impostas pelo Governo de António Costa para travar a pandemia de covid-19, resultou em “desacatos” com a polícia que o está a controlar, constatou a agência Lusa no local.
Além do arremesso de garrafas contra elementos das forças de segurança presentes no protesto, os manifestantes colocaram queimaram caixões, que simbolizam a morte do setor, obrigando à intervenção das forças policiais.
Segundo a SIC Notícias, durante a manifestação, que decorria de forma pacífica, viveram-se momentos de tensão e houve confrontos entre manifestantes e as forças policiais.
O presidente da Câmara do Porto afirmou esta sexta-feira que a situação no setor da restauração e similares é “completamente dramática”, defendendo que são “necessários mais apoios” para combater esta situação.
“Aquilo que se passa neste setor é uma situação completamente dramática, estamos a falar de dezenas de milhares de postos de trabalho perdidos ou em vias de ser perdidos, medidas de financiamento que foram dadas a pequenas empresas que não resolvem nada, apenas adiam o problema”, afirmou Rui Moreira.
O autarca, que esteve presente na manifestação do movimento “A pão e água”, que reuniu mais de mil empresários do setor da restauração, bares, discotecas, cultura e organização de eventos e originou momentos de tensão, afirmou que “são precisos mais apoios”.
“Depende muito de quanto tempo esta situação vai demorar, mas se nós razoavelmente fizermos a previsão que, antes de março ou abril as dificilmente as circunstancias voltam ao normal, acho que são precisos mais apoios”, referiu, defendendo que “desta vez” o apoio deve ter por base a faturação e realidade das empresas.
“Tem de ser financiamento direto às empresas, um pouco como, aliás, na quinta-feira já foi anunciado pelo primeiro-ministro. Tem de ser em função daquilo que era a faturação das empresas e a realidade das empresas”, disse o independente Rui Moreira.
E acrescentou: “Quando me dizem que isto não se aplica a empresas que têm dividas à segurança social, peço desculpa estas empresas têm dividas à segurança social porque tiveram de pagar ao pessoal. Diria que aqui tem de ser empresas que em março e abril estavam em dia com a sua segurança social e impostos”.
O país está em estado de emergência desde 9 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio elevado. A medida abrange 114 concelhos, número que passa a 191 a partir de segunda-feira.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.
ZAP // Lusa
O presidente da Câmara do Porto devia abster-se de participar em manifestações que são usadas por alguns marginais (que não são os proprietários dos restaurantes) para criar focos de violência. Já basta a pandemia. Só faltava agora virem políticos lançarem mais achas para a fogueira. Ele tem de certeza canais pessoais de contacto com o primeiro ministro que lhe permiten reinvidincar mais apoios para minimizar os problemas das pessoas afetadas. Aliás, Rui Moreira, confessou que já sabia que o primeiro ministro tinha anunciado essas medidas. Logo, o que fez foi uma mera ação de autopropaganda populista.
Está calado. Não fazes a mínima ideia do que falas. Há muitas famílias que se não puderem desenvolver as suas atividades, passam fome. Nem todos são funcionários públicos. Cala-te!
P.Silva não leu: as críticas foram para o presidente da câmara, não para os proprietários e gerentes dos restaurantes, que bem merecem mais apoio. O resto é falta de educação.