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Às 11h05, “A Terra Treme”. Proteção Civil realiza exercício de sensibilização para risco sísmico

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) realiza o exercício nacional de sensibilização para o risco sísmico “A Terra Treme”, convidando a população a executar às 11h05 os três gestos de autoproteção: Baixar, proteger e aguardar.

O exercício “A Terra Treme” é organizado todos os anos pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), em parceria com a Direção-Geral da Educação (DGE) e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), e visa capacitar os cidadãos a saberem como agir em caso de sismo.

Em comunicado, a ANPC refere que o exercício tem como finalidade saber o que fazer “antes, durante e depois” de um sismo, nomeadamente conhecer as medidas preventivas e os comportamentos de autoproteção a adotar.

A ação desenrola-se durante um minuto e todos os cidadãos, às 11h05 desta segunda-feira, de forma individual ou coletiva, em famílias, escolas, empresas, organizações públicas e privadas, devem executar os três gestos de autoproteção: baixar, proteger e aguardar.

Segundo a Proteção Civil, estes três gestos são considerados internacionalmente como a resposta mais adequada para os cidadãos se protegerem em caso de sismo.

Embora o exercício tenha expressão nacional, a ANPC, em articulação com a DGE e a DGEstE, promove um evento principal na Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo.

Por todo o país, os Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) da ANPC vão, em parceria com as comunidades locais, bombeiros, serviços municipais de proteção civil, agentes de proteção civil e escolas, promover ações de sensibilização sobre a temática do risco sísmico e as medidas de autoproteção, assim como dinamizar a realização do exercício.

Engenheiros alertam para falta de resistência sísmica

No dia em que se realiza um exercício nacional de sensibilização para o risco sísmico, a Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica revela estar muito preocupada com a pouca resistência de grande parte dos hospitais, escolas e edifícios de habitação.

À TSF, o presidente, João Azevedo, disse que há duas principais preocupações que se arrastam há anos: “Nas construções novas basta que um técnico diga que cumpriu a legislação e ninguém vai verificar. Depois, nas reabilitações, também não há fiscalização e existe um decreto-lei que diz que é suficiente que não se piore a segurança que já existe, mesmo que essa segurança sísmica seja muito má.”

Além disso, o responsável acrescenta que, “antes ,as câmaras municipais tinham equipas para fazer esse escrutínio e hoje não têm”.

João Azevedo afirmou ainda que a lei portuguesa não é má, mas o problema reside em garantir que esta é cumprida. Além disso, há normas europeias que se ensinam na universidade há cerca de duas décadas, mas que o Estado nunca passou para a legislação em Portugal.

“Tirando as grandes obras públicas como a Ponte Vasco da Gama (que deve ser um dos sítios mais seguros do país), em tudo o resto nós não sabemos como é que o projeto foi executado”, denunciou.

ZAP // Lusa

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