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Profissionais de saúde já realizaram 11,5 milhões de horas extras em 2021. Estão prestes a bater novo recorde

Em apenas seis meses, os profissionais de saúde do SNS realizaram dois terços de todas as horas extraordinárias prestadas em 2020.

Segundo noticia o jornal i, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deverá, este ano, bater novamente o recorde de horas extraordinárias realizadas pelos médicos e enfermeiros.

O combate à pandemia, a recuperação das atividades programadas não urgentes e as ausências por motivo de doença ou isolamento justificam o aumento em 2020 e 2021, mas a tendência para o aumento das horas extraordinárias já tinha começado antes da pandemia.

Só nos primeiros seis meses de 2021 foram realizadas 11,5 milhões de horas extraordinárias, segundo os dados do Portal da Transparência do Ministério da Saúde consultados pelo jornal i.

O mesmo jornal indica que em 2020 – ano em que eclodiu a pandemia – foram realizadas um total de 17,3 milhões de horas extraordinárias, só no SNS, e, em 2019, tinham sido 14,5 milhões de horas.

Um dos fatores que pode contribuir para este aumento drástico é o facto de no primeiro semestre de 2021, ter sido recuperada parte da atividade programada não urgente e realizadas mais de 300 mil cirurgias.

Para já, ainda não há dados disponíveis sobre a distribuição de horas extraordinárias por grupo profissional, mais frequentes na urgência, blocos cirúrgicos e também cuidados primários, mas habitualmente os médicos são quem faz mais horas extras.

Setor privado empregava quase tanto como o SNS em 2019

Antes da pandemia, em 2019, havia 125 mil profissionais de saúde empregados no setor privado da saúde, o que comparava com os 135 mil trabalhadores que na altura trabalhavam no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Estes dados constam da radiografia do setor privado da saúde realizado pela Dun & Brastreet/Informa a pedido do Conselho Estratégico Nacional de Saúde da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a qual deixa de fora centros de investigação e as seguradoras.

“Reclamamos do Ministério da Economia é que nos veja como um setor de atividade e não apenas como um fornecedor do Estado“, diz Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, ao Jornal de Notícias.

Para o responsável o setor privado da saúde ganhou peso e importância e deixou de ser apenas um fornecedor do Estado.

ZAP //

 

 

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