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Professores pedem aumento de vagas no Superior. Governo fecha a porta

Marcos Santos / USP Imagens

O Ministério do Ensino Superior fecha para já a porta ao aumento de vagas no Ensino Superior pedido pelos professores, que falam num “problema de justiça”.

Esta segunda-feira, foram conhecidas as médias nos exames nacionais, que desceram em quase todas as disciplinas (só Matemática caiu quase três valores). Os professores pedem um aumento de vagas no Ensino Superior.

Confrontado com a variação de resultados na prova de Matemática A entre 2020 e 2021, o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), João Araújo, fala num “problema de justiça”.

“Já antes contactámos o ministério e apelamos agora aos reitores para que, em conjunto, façam o possível e impossível para aumentar o número de vagas nos cursos de médias mais elevadas. É um problema de justiça. Os alunos deste ano não podem ficar fora do curso em que entrariam em condições normais apenas pelo facto de Matemática ter um exame muito mais difícil este ano”, declarou ao jornal Público.

“Os melhores alunos deste ano estão em franca desvantagem relativamente aos que se vão recandidatar com as notas do ano passado”, acrescentou.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, tutelado pelo ministro Manuel Heitor, fechou a porta, pelo menos para já, a um reforço de vagas por causa desta situação.

“Até ao presente momento, não existem elementos que indiciem a necessidade de assumir idêntica medida”, disse fonte do gabinete do governante ao mesmo matutino.

A tutela também fez referência ao apelo do presidente da SPM, que anteriormente já tinha pedido para se “utilizar as vagas reservadas para os contingentes especiais para aumentar os lugares disponíveis para o contingente geral do concurso nacional de acesso”.

O gabinete de Manuel Heitor esclareceu que isso já ocorre anualmente e que “todas as vagas não ocupadas nos contingentes especiais revertem para o contingente geral”.

Contactado pelo jornal, o presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior, Fontainhas Fernandes, também afirmou que um aumento de vagas “não está em cima da mesa”.

ZAP //

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