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Professor detido por indícios de abusos sexuais a dez alunas

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Thomas Hawk / Flickr

Um professor do ensino básico foi detido pela Polícia Judiciária de Setúbal por indícios de ter abusado sexualmente de dez alunas no interior da sala de aulas no anterior ano letivo. 

De acordo com o Diário de Notícias, as crianças com idades entre os 6 e os 9 anos foram, alegadamente, apalpadas por cima da roupa ou tocadas de forma imprópria pelo docente do colégio privado, em Setúbal, que frequentam.

A confirmarem-se os atos em julgamento, o docente será julgado como pedófilo, já que este é um crime que se caracteriza pelo interesse sexual obsessivo de um adulto por crianças que ainda não atingiram a puberdade.

Segundo as autoridades, o número de vítimas pode ainda vir a subir, já que irão ser ouvidas mais 30 crianças no âmbito deste processo. O professor suspeito dava aulas a seis turmas do primeiro ciclo.

A Judiciária de Setúbal juntou no inquérito testemunhos dos rapazes colegas das alunas que terão sido vítimas dos abusos, que relataram aos inspetores os atos que viram em plena sala de aulas. Todos eles terão achado estranho o comportamento do professor.

Numa busca ao apartamento onde o arguido vive com os pais, os inspetores encontraram diversos vídeos alegadamente realizados por ele, tendo como protagonistas meninas da idade das alunas, em biquíni ou fato de banho, a praticarem natação em eventos desportivos ou simplesmente na praia.

As filmagens focavam determinadas partes do corpo das crianças mas não foi possível à PJ indiciar o suspeito por pornografia de menores porque não há exibição de espetáculo pornográfico.

O docente ficou indiciado por abuso sexual agravado e gravações ilícitas. No inquérito serão contabilizados todos os atos com cada uma das dez vítimas encontradas até agora. Só por abuso sexual agravado pode incorrer numa pena de até 11 anos de prisão.

A Polícia Judiciária começou a investigar o suspeito há cinco meses depois de ter recebido uma denúncia anónima e, logo a seguir, uma queixa apresentada pela mãe de uma vítima, que achou que as carícias do docente à filha eram exageradas.

ZAP //

8 Comments

  1. Eu sugiro a todos os professores do Ensino Básico que façam greve por tempo indeterminado em protesto por este absurdo. Um gajo que não teve actos sexuais com crianças, que só lhes tocou por cima da roupa (qual é o professor que não faz uma festinha no ombro ou nas costas de um garoto (a)? Qual é o mal de um professor da primária ter um video de miudos numa aula de natação ou num passeio na praia.

    Ou eu não estou a perceber nada disto, ou estamos perante mais um caso histérico de caça às bruxas, como de resto tem sido agora moda, com os fenómenos #meetoo ou as leis anti-piropos!

    Hão-de me explicar o que é que “tocar” em crianças por cima da roupa ouy ter videos de piscina, tem a ver com pedófilia. Estamos numa época de prigosas caças às bruxas, em que qualquer pretexto serve para ir sacar algum em tribunal. Cuidado!.. Porque atrás das verdadeiras pedofilias e dos verdadeiros assédios, vem muito oportunismo de muita gente que anda a precisar de pagar as suas dívidas de qualquer maneira.

    • Desde á muito que ouço dizer que “Onde há fumo há fogo” MMQ. e 30 crianças a referirem o mesmo Huuumm.
      se fosse só uma ou duas… até poderia ser fácil orquestrar, mas 30, desculpe lá acho muito bem que investiguem.

    • Os vídeos de crianças a praticar natação podem não ter nada a haver, aí concordo. Mas eles falam em tocar nas raparigas de forma imprópria. Claro que em jornalismo não podemos ser muito explícitos, por isso “apalpadas por cima da roupa ou tocadas de forma imprópria” pode ser confuso para si e para outros. Estamos a falar no ombro, na cabeça, no traseiro da criança? Eles não especificam. O docente se calhar acha que é uma maneira de mostrar “carinho” é ao tocar na criança. E ao gostar de crianças em geral, guarda vídeos. Se o docente fosse uma mulher que gosta de crianças e guarda vídeos de crianças adoráveis, ninguém diria que ela é pedófila. Caminhamos ou não para igualdade de género?

      Durante os meus anos de escola também tive professores que me tocavam de maneira estranha, e quando digo isto é como por exemplo, pegar na minha mão para me chamar à atenção ou no braço. Às vezes era muito estranho e desconfortável, mas não diria que eram pedófilos por isso. Eu não tenho provas a favor nem contra este docente. Mas de certeza que se fossem apalpadelas no traseiro da criança ou mais explicitas, a mãe no artigo em vez de dizer “as carícias do docente à [minha] filha eram exageradas” teria dito algo mais chocante. Por isso não sei, pode ser muita coisa. Não sabemos, como leitores, o que está implicito.

  2. Estamos a chegar a um ponto onde não se pode confiar uma criança a ninguém, educação e respeito parece terem evaporado com a chegada da liberdade, neste país pelos vistos são coisas incompatíveis!.

  3. Aconselho a lerem mais sobre esta noticia que aqui esta reportada de uma forma muito suave.
    Entenda-se que as crianças (meninas) tem idades entre 6 e 9 anos e o professor não mexia só por cima da roupa, metia-a a mão dentro da blusa das mesmas, agarrava-as por trás agarrando nas partes mais intimas., pedia-lhes para se sentarem ao colo dele e inclusive que dançassem só para ele.
    Procurem a noticia no DN, correio da manhã e até uma pequena reportagem da TVI onde são mais expressivos sobre a gravidade dos abusos deste PEDÓFILO.

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