Ao que tudo indica, vai ser mesmo verdade: depois de 1 de abril, os produtos europeus importados para os EUA vão ser taxadas a 25%. O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Donald Trump anunciou, esta quarta-feira, que, muito em breve, os produtos europeus estarão sujeitos a taxas alfandegárias de 25%.
“Tomámos a decisão e anunciá-la-emos em breve: será de 25%”, garantiu o Presidente dos EUA, no final da primeira reunião do seu Governo na Casa Branca.
Trump detalhou que a mesma percentagem de tarifas será aplicada aos produtos oriundos do Canadá e do México, a partir do dia 2 de abril.
No início do mês, Trump tinha suspendido temporariamente as tarifas às importações do Canadá e do México.
Após ter decretado tarifas comerciais de 25% a Canadá e México, Trump acabou por alcançar um acordo com os dois países vizinhos dos EUA, que permitiu suspender as novas taxas durante, pelo menos, um mês.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, concordou com Trump em nomear um “czar” do fentanil, e em criar uma força conjunta de fronteira entre os EUA e o Canadá. Trudeau anunciou um investimento de 1,3 mil milhões de dólares em helicópteros e tecnologia para proteger o “Paralelo 49”, a linha divisória entre os dois países.
Quanto ao México, a premissa era simples: Trump suspendia as tarifas e a presidente, Claudia Sheinbaum, regulava a entrada de drogas nos EUA, trazida por cartéis mexicanos até à fronteira. O México ficou de enviar 10 mil militares para a fronteira para regular este crime
Primeiramente, a presidente mexicana havia prometido retaliar com novas tarifas sobre os EUA, mas jogou pelo seguro e tentou a via da negociação.
Ao mesmo tempo que Trump voltou atrás na questão do México anunciou estar a estudar um plano para reciprocidade de tarifas com o mercado europeu.
Nos casos de Canadá e México, Trump usou as tarifas comerciais para reclamar vitórias nas questões de segurança relacionadas com a luta contra as drogas e contra a imigração ilegal, duas das suas bandeiras no arranque deste segundo mandato.
Já no caso da UE, a questão da segurança também pode ser importante, nomeadamente no Ártico. Neste âmbito, a Gronelândia poderá ser um “engodo” para impulsionar um aumento dos gastos em defesa nesta zona, ou para incentivar vantagens comerciais para os EUA.
Trump quer fazer a UE pagar
Donald Trump tem vindo a repetir que a União Europeia (UE) “tem de pagar” pelo “défice comercial” que criou, ao longo dos últimos anos, para com os EUA. A solução para o Presidente norte-americano é “carregar” nas tarifas – especialmente no setor automóvel.
“A União Europeia é muito, muito má para nós. Não aceitam os nossos automóveis nem os nossos produtos agrícolas. De facto, não aceitam muita coisa. Por isso, vão ter de pagar taxas. É a única maneira de conseguirmos que haja justiça”, disse Trump, em janeiro.
Esta quarta-feira, o Presidente norte-americano repetiu a ideia, acrescentando que a “UE foi criada para tramar os Estados Unidos”.
“Eles [UE] não aceitam os nossos carros. Não aceitam, essencialmente, os nossos produtos agrícolas. Usam todo o tipo de razões para justificar isso. E nós aceitamos tudo deles. Temos um défice de cerca de 300 mil milhões de dólares com a UE”, queixou-se.
Donald Trump disse depois que a União Europeia pode tentar retaliar, mas voltará a sair a perder: “Podem tentar. Mas os números nunca serão equivalentes aos nossos. Nós somos o pote de ouro que toda a gente quer”.
UE responde a Trump
Em resposta a Donald Trump que afirmou que o bloco foi criado para “tramar” os interesses norte-americanos, a Comissão Europeia (CE) diz que a UE tem sido providencial para os EUA.
“A União Europeia é o maior mercado de comércio livre do mundo. E tem sido providencial para os Estados Unidos”, afirmou um porta-voz do executivo europeu num comunicado.
Em referência às novas ameaças do Presidente norte-americano, a UE afirmou que reagirá “firme e imediatamente” a novas taxas alfandegárias, cuja introdução não está ainda agendada.
As taxas serão recíprocas Sr América.
É chegada a altura da Europa prescindir dos produtos americanos, então Teslas e afins acabou.
A América que exporte para a China, Rússia, Irão e Coreia do Norte, grandes amigos!