A produtora de cinema de Harvey Weinstein vai abrir falência. Esta decisão surge após o falhanço das conversações com um grupo de investimento que pretendia comprar os bens da empresa.
O negócio começou a ruir depois de o Ministério Público ter avançado com uma ação legal contra a produtora, o próprio Harvey Weinstein e o irmão. O processo alega que os irmãos criaram “um ambiente de trabalho hostil que durou anos, um padrão de assédio sexual quid pro quo e a utilização rotineira de recursos da empresa para fins ilícitos”.
Harvey e Bob Weinstein são acusados de crimes graves de direitos civis, direitos humanos e leis empresariais.
Com o fim das conversações e a notícia do processo, a Weinstein Company emitiu um comunicado, este domingo, no qual divulga que “as discussões terminaram sem um acordo assinado e um processo de falência ordeiro é a única opção viável“.
O conselho de administração anunciou que a produtora de filmes nova-iorquina planeia apresentar um pedido de insolvência, decisão que decorre do fracasso da venda da empresa por um valor em torno dos 500 milhões de dólares.
Segundo o Observador, o Procurador-Geral de Nova Iorque quer uma indemnização para cobrir todos os dados às alegadas vítimas de assédio e abuso sexual.
Desde o início das acusações contra Harvey Weinstein – que começaram em outubro com uma grande reportagem do New York Times, centenas de mulheres acusaram o produtor de vários casos de assédio, abuso e até violação.
Criada em 2005, a Weinstein Company é uma das produtoras mais influentes no cinema norte-americano. Em outubro, Harvey foi despedido pela administração da própria empresa devido às várias acusações de abuso sexual que se tornaram públicas.