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Autoridades procuram em Barcelona lince ibérico libertado em Portugal

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Programa de Conservación Ex-situ del Lince Ibérico www.lynxexsitu.es / wikimedia

Exemplar de Lynx pardinus, o lince Ibérico

Técnicos veterinários da Catalunha estão a tentar capturar Lítio, o lince-ibérico que foi libertado em Portugal e encontrado em Barcelona na semana passada.

Lítio está mais perto de ser capturado. Segundo o El País, uma equipa de três técnicos veterinários do programa europeu “Life Iberline” chegou, esta segunda-feira à tarde, à capital catalã para iniciar os trabalhos de captura do lince-ibérico que foi libertado em Portugal, juntamente com os agentes rurais do Governo da Catalunha.

O animal nasceu, em 2014, num centro de reprodução em cativeiro de Acebuche, em Espanha, e foi libertado em 2015 nos montes alentejanos. Depois disso, percorreu quase mil quilómetros até chegar a Barcelona, conta o Observador.

O lince ibérico foi visto e, inclusivamente, fotografado por Agentes Rurais do Governo da Catalunha a 29 de maio, e também durante o último fim de semana num bosque na área metropolitana de Barcelona. O local exato não foi revelado de modo a evitar a deslocação de curiosos e, assim, salvaguardar a segurança do animal.

Esta foi a primeira vez que foi encontrado um exemplar de lince ibérico, em perigo de extinção, na Catalunha desde o início do século XX.

Antes de a equipa de captura chegar, as autoridades analisaram o terreno e colocaram helicópteros a sobrevoar aquela região. Segundo o jornal espanhol, o local é plano, uma característica que vai “facilitar a localização” do lince, segundo o biólogo Miguel Ángel Simón.

É importante que a captura seja rápida. Aliás, as autoridades encontram-se em contrarrelógio, dado que se trata de uma área cercada por estradas, colocando Lítio em perigo.

Os primeiros trabalhos iniciaram-se esta segunda-feira à noite. As autoridades percorreram o terreno em busca de pistas, e, depois de o rastreamento ser feito, vão ser colocadas quatro armadilhas com coelhos em gaiolas, que possuem um sensor na área delimitada.

Lítio tem consigo um colar GPS que deixou de enviar informações em 2016, quando se encontrava no Algarve. Miguel Ángel Simon acredita que o colar ainda pode conter um sensor terrestre que marca os seus movimentos, o que pode facilitar o trabalho.

Assim que o encontrem, os técnicos veterinários pretendem substituir o dispositivo de localização e libertar o animal na região do Guadiana, ainda sem confirmação se será em Espanha ou em Portugal.

ZAP // Lusa

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