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Procuradores de Nova Iorque querem a declaração de impostos de Donald Trump

Jim Lo Scalzo / EPA

É a primeira vez, em quase 40 anos, que um Presidente dos Estados Unidos (EUA) não exibe a declaração de impostos. Donald Trump negou-o durante a campanha presidencial de 2016 mas agora procuradores de Nova Iorque intimaram a Mazars USA – empresa de contabilidade que trata das suas contas e impostos – para entregar a folha com os dados pessoais e empresariais.

Segundo avançou o Guardian, citado pelo Expresso esta terça-feira, Michael Cohen, o antigo advogado de Donald Trump, caiu na teia da justiça depois de uma investigação federal sobre “hush money”, ou seja, pagamentos para calar alguém ou subornos para descomplicar a campanha presidencial.

Em meados de dezembro, Michael Cohen foi condenado a três anos de prisão por vários crimes – mentiu ao Congresso, financiamento ilegal da campanha de Donald Trump e evasão fiscal, por exemplo. Essa investigação foi terminada em julho, mas há pontas soltas, como o alegado pagamento a Stormy Daniels, a atriz porno que dizia ter tido um relacionamento de natureza sexual com o então candidato presidencial republicano.

Donald Trump negou a relação e declarou que os pagamentos foram de cariz pessoal e que nada tiveram a ver com a campanha. Mas um procurador de Nova Iorque, Cyrus Vance, abriu uma nova investigação, em agosto, para esclarecer essas pontas soltas, as manobras da Trump Organization e a origem dos pagamentos de Michael Cohen.

Aquela procuradoria de Manhattan quer saber se o pagamento a Stormy Daniels – cerca de 118 mil euros -, operação que terá sido conduzida por Michael Cohen, foi registado como uma despesa legal de campanha. Se aconteceu, viola a lei de Nova Iorque.

Os procuradores pedem o acesso às contas das empresas de Donald Trump desde 2011. A Mazars USA respondeu, em comunicado, garantindo que irá “cumprir com todas as obrigações legais”.

Se esta intimação obtiver sucesso, explicou o New York Times, é provável que essas informações nunca cheguem ao público, já que existem regras de sigilo que regem os grandes júris. Em caso de recurso à mesma declaração de impostos para uma acusação, o cenário muda de figura.

TP, ZAP //

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