Donald Trump entregou-se esta quinta feira e fez história, ao ser o primeiro presidente dos EUA a tirar uma fotografia em contexto policial. O ex-chefe de Estado é apenas uma das 19 pessoas acusadas na Geórgia por tentativa de reverter os resultados das eleições presidenciais de 2020.
Ontem foi dia de mugshots em Fulton. Donald Trump apareceu esta quinta-feira na prisão do condado, mas não ficou muito tempo: em 20 minutos, o acusado de tentar falsificar os resultados eleitorais de 2020 entrou, “cedeu” impressões digitais, tirou a foto de prisioneiro, pagou a fiança — estabelecida nos 200 mil dólares (185 mil euros) — e abandonou o local. Mas todos os registos vão constar no seu processo judicial.
O momento foi inédito: foi a primeira vez que um ex-presidente norte-americano tirou uma fotografia em contexto policial, as chamadas mugshots, nesta que é, para o ex-chefe de estado, a quarta acusação criminal que enfrenta desde março, quando se tornou o primeiro ex-presidente na história dos Estados Unidos a ser acusado.
O ex-Presidente dos Estados Unidos usou mais tarde a rede social X (antigo Twitter) na quinta-feira, a primeira vez desde 2021, para publicar a histórica fotografia tirada poucas horas antes na prisão de Atlanta.
https://t.co/MlIKklPSJT pic.twitter.com/Mcbf2xozsY
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) August 25, 2023
“Interferência eleitoral. Nunca se rendam!”, juntamente com uma ligação para a sua página na Internet, é o que se lê na sua publicação. A mensagem representa o regresso de Trump àquela que foi durante muito tempo a plataforma de comunicação mais importante, usada para dominar os rivais nas primárias de 2016 e comandar o ciclo de notícias durante anos.
As condições da sua fiança proíbem-no de intimidar co-réus, testemunhas ou vítimas do caso, inclusive nas redes sociais. O Republicano tem um histórico de atacar os procuradores que lideram os casos contra si, incluindo a procuradora distrital responsável por este caso, Fani Willis.
Mas Trump não foi o único. Vários réus no caso passaram pelo mesmo processo, incluindo o ex-advogado de Trump e ex-autarca de Nova Iorque Rudy Giuliani, que compareceu na quarta-feira na prisão. Todos tiveram direito à sua mugshot.
Trump não foi o único a posar
Donald Trump é apenas uma das 19 pessoas acusadas na Geórgia por tentativa de reverter os resultados das eleições presidenciais de 2020, nas quais o republicano perdeu para o atual Presidente, o democrata Joe Biden, por uma margem estreita.
Um deles é Mark Meadows, ex-chefe de gabinete de Donald Trump na Casa Branca, entregou-se hoje na prisão do condado de Fulton, na Geórgia, onde é acusado, juntamente com o ex-presidente Republicano, de tentar falsificar as presidenciais de 2020.
Meadows foi um dos primeiros Republicanos a ficar do lado de Trump antes das eleições de 2016 e desde então tornou-se um dos seus homens de confiança. Trabalhou para o ex-presidente como chefe de gabinete na Casa Branca entre março de 2020 e janeiro de 2021.
A procuradoria acusa-o de encorajar a crença na fraude e de pressionar para tentar adiar a sessão conjunta do Congresso de 06 de janeiro de 2021, quando a vitória de Biden foi certificada e o edifício do Capitólio atacado por uma multidão de apoiantes Republicanos.
Já Rudy Giuliani, antigo presidente da câmara de Nova Iorque, era o advogado pessoal do ex-chefe de Estado e é agora acusado de ser o principal conspirador para reverter os resultados das eleições de 2020, a par de Donald Trump.
Giuliani é acusado de fazer declarações falsas e solicitar falsos testemunhos, conspiração para a criação de documentos falsos e pedidos, aos legisladores estaduais, para violarem o seu juramento.
Esta acusação criminal teve origem numa chamada telefónica, data de janeiro de 2021, quando o ex-presidente pediu ao secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, que lhe conseguisse votos suficientes para vencer no estado.
A rendição em Atlanta — cidade da Geórgia — é notavelmente diferente das três rendições anteriores, tendo-se desenrolado à noite e exigido que o ex-presidente se entregasse numa prisão repleta de problemas – em vez de um tribunal -, tudo isto no coração de um estado vital para as eleições presidenciais de 2024.
A rendição de Trump, que ocorre no meio de uma mudança abrupta na sua equipa jurídica, segue-se ao debate presidencial em Milwaukee na noite anterior, com os seus principais rivais à nomeação Republicana de 2024 — uma disputa na qual continua a ser o principal candidato, apesar da acumulação dos seus problemas jurídicos.
ZAP // Lusa
A esquerdalhada deliria com estes episódios ridículos. Os passa-fome deterem um homem tão rico é qualquer coisa de sonhador para eles. A pobreza, por vezes, tem estas basbaquices que lhes dão algum estímulo.
Pronto o mundo está salvo….ou talvex não!
Por ca podiam manter o preso numero 44 la dentro…era menos um na rua…