Funcionários do Ministério para as Situações de Emergência da Ucrânia controlaram esta terça-feira um princípio de incêndio no terceiro reactor da central nuclear de Chernobyl, que em 1986 sofreu a maior catástrofe nuclear da história.
“Às 15h57 recebemos a informação de que havia uma coluna de fumo no compartimento 509 do reactor número 3 da central nuclear de Chernobyl”, informou em comunicado a Inspecção Estatal Nuclear da Ucrânia.
Segundo a nota oficial do organismo, “o fumo foi abafado três minutos mais tarde, e os níveis radioactivos no reactor número três e no complexo de Chernobyl não registaram qualquer variação”.
O 3º reactor da central, que partilhava a sala de máquinas com o 4º reactor, entrou em funcionamento em 1981. Em dezembro de 2000, 4 anos após o acidente, foi fechado por ordem do governo.
Em 2010, as autoridades retiraram definitivamente o combustível nuclear armazenado neste reactor, condição indispensável para a construção de um sarcófago sobre o 4º reactor, no qual ocorreu a explosão que originou a tragédia de 1986.
Em novembro do ano passado, foi concluída a instalação do sarcófago no reactor 4, o que teoricamente garante a segurança do local durante os próximos cem anos.
O catastrófico desastre nuclear de Chernobyl ocorreu a 26 de abril de 1986, na central nuclear da então República Socialista Soviética Ucraniana. Uma explosão no reactor 4 e o subsequente incêndio lançaram grandes quantidades de partículas radioactivas na atmosfera, que se espalhou por boa parte da União Soviética e da Europa ocidental.
O desastre é o pior acidente nuclear da história em termos de custo e de mortes resultantes, além de ser um dos dois únicos classificados como um evento de nível 7, a classificação máxima na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, partilhando essa nota com o acidente nuclear de Fukushima I, no Japão, em 2011.
De acordo com estimativas oficiais, a explosão ocorrida de Chernobyl terá espalhado até 200 toneladas de material com uma radioactividade de 50 milhões de curies – uma quantidade de radiação equivalente a 500 vezes a libertada pela bomba atómica lançada em Hiroshima no final da II Guerra Mundial.
A radiação continua a afectar a população da Bielorrússia, Ucrânia e Rússia, onde se encontram 70% dos quase 200 mil quilómetros quadrados de áreas contaminadas. E mais de 30 anos depois de Chernobyl, os javalis da Europa central estão radioactivos.
Daqui a 100 anos, os deliciosos javalis dos montes da região, prato típico local, não estarão propriamente a brilhar no escuro – mas ainda terão cerca de 10% dos níveis de radioactividade que apresentam hoje.
ZAP // EFE
O ser humano não aprende c/ os erros q comete, continua a comete-los pela GANANCIA não olha a meios ou é BURRO.