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Princesa Haya pediu proteção contra casamento forçado à justiça britânica

A princesa Haya, sexta mulher do emir do Dubai pediu esta teça-feira ao Supremo Tribunal de Justiça para a colocar sob proteção contra um casamento forçado, anunciou a agência de notícias britânica PA, citada pela AFP.

Numa sessão em que só a imprensa britânica foi autorizada a estar presente, a princesa Haia, de 45 anos, também pediu para ser colocada sob proteção contra violência e reivindicou a custódia dos seus dois filhos.

Filha do falecido rei Hussein da Jordânia, Haya é a sexta mulher do vice-Presidente dos Emirados Árabes Unidos e emir do Dubai Mohammed bin Rachid al-Maktoum, de 70 anos.

No final do mês passado, fugiu do Dubai para o Reino Unido, o que na altura foi justificado por jornais britânicos com o facto de o marido suspeitar que tivesse um caso extraconjugal com o seu guarda-costas.

Segundo avançou o The Guardian, a princesa Haya e os dois filhos – Jalila de 11 anos e Zayed de sete – poderão estar sob proteção da família real britânica, já que Haya é amiga de longa data do príncipe Charles e da sua mulher Camila Parker-Bowles, vivendo atualmente numa mansão perto do Palácio de Kensington.

A embaixada dos Emirados Árabes Unidos em Londres já afastou a possibilidade de as relações entre os dois países terem ficado tensas, referindo, num comunicado, que o Governo não se envolve “na vida privada” das pessoas. A princesa Haya terá também escolhido o Reino Unido por ter estudado na Universidade de Oxford.

A fuga de Haya aconteceu pouco mais de meio ano depois do desaparecimento da princesa Latifa, filha do mesmo emir, tendo esta acabado por ser apanhada na Índia e obrigada a regressar. Já no ano 2000, uma das outras filhas de Mohammed bin Rachid al-Maktoum (tem 23 filhos) tinha tentado fugir de casa, segundo contou Latifa num vídeo gravado enquanto esteve desaparecida.

Segundo referiu, essa irmã tentou fugir porque vivia como uma prisioneira e quando foi apanhada regressou ao Dubai sob efeitos de drogas ministradas pelos enviados do emir.

ZAP // Lusa

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