O primeiro alerta do incêndio no telhado da Catedral de Notre-Dame, em Paris, no último dia 15, não foi identificado devido a um “erro humano”, segundo informações da televisão francesa BFM TV, que detalha que a pessoa responsável verificou o alarme no local errado.
Segundo a BFM TV, o primeiro alarme soou às 18h20 (hora local), e um funcionário da empresa de segurança verificou o alerta, sem encontrar nada. O segundo alarme tocou vinte minutos mais tarde, mas o fogo já se tinha espalhado e era tarde demais para conter o seu avanço pelo telhado e pináculo, que ficaram reduzidas a cinzas, apesar dos esforços dos bombeiros.
De acordo com a emissora francesa, os investigadores verificaram que o sistema de alarme funcionou sem problemas, mas uma falha humana impediu que no alarme inicial tivesse sido imediatamente reconhecido o perigo.
Os peritos tentam agora verificar se o computador indicou o alerta no local errado, se houve uma falha de comunicação ou se a pessoa não compreendeu a mensagem, embora a empresa de segurança defenda que o seu funcionário apenas seguiu as indicações do sistema.
“Teríamos ganho meia hora, o que é muito tempo. Poderíamos seguramente ter salvo o pináculo”, disse à BFM TV o conservador geral de Património da catedral parisiense, Jacques Pérot.
Às 18h51 (hora local), os agentes de segurança alertaram os bombeiros, que chegaram ao local em cerca de dez minutos. No entanto, algumas das bocas de incêndio disponíveis tinham pouca força para combater um incêndio que já tinha grandes proporções.
A instalação anti-incêndios estava projetada para apagar um incêndio no início, mas com os atrasos ocorridos na localização do mesmo, o fogo tornou-se demasiado forte.
Os investigadores determinaram que os sinos do pináculo soaram no dia do incêndio às 18h04 locais para o início da missa prevista para essa hora. Doze minutos mais tarde, houve o primeiro alerta de detecção de fumo no posto de segurança da catedral, e cinco minutos depois soou o primeiro alarme de incêndio.
Nesse momento, foi iniciada a evacuação dos fiéis, mas como os dois oficiais de segurança enviados a verificar as chamas não as encontraram, pensaram que era um falso alarme e pediram que os fiéis continuassem na catedral.
Beatas nos andaimes onde começou incêndio
A polícia francesa encontrou sete beatas de cigarros nos andaimes das obras de restauro onde começou o incêndio que devastou parte da Catedral de Notre-Dama de Paris no último dia 15, revelou o jornal Le Canard Enchaîné na sua edição desta quarta-feira.
Alguns dos operários que trabalhavam na restauração do pináculo da catedral admitiram aos investigadores que, ignorando ordens de segurança, fumavam nos andaimes, acrescentou a publicação. Apesar disso, diz o jornal, os investigadores estão a trabalhar mais a hipótese de que o incêndio tenha começado devido a um curto-circuito.
Nesse sentido, foram apontadas diversas irregularidades nas instalações elétricas, especificamente nos cabos que alimentavam dois conjuntos de sinos instalados no pináculo, que percorriam uma viga de madeira no telhado da catedral.
Esse dispositivo foi autorizado, provisoriamente, em 2012, a pedido dos clérigos da catedral, durante as obras de restauração dos campanários principais, para eletrificar esses sinos enquanto os originais estivessem a restaurar. No entanto, diz o Le Canard, este dispositivo nunca foi substituído, e continuava ser utilizado, tendo sido instalado sobre ele o andaime para a restauração do pináculo.
“Os peritos tentam agora verificar se o computador indicou o alerta no local errado”
Então se tentam verificar é pq ainda não se sabe ao certo se foi falha humana, mas no titulo na noticia o ZAP dá como certo que é falha Humana, em que é que ficamos?