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Costa venceu os debates, mas PS cai nas sondagens (e PSD ainda está longe)

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António José / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa

Uma nova sondagem para o Jornal de Notícias e TSF mostra o Partido Socialista na frente com 39,2% das intenções de voto, ainda fora de terreno de maioria absoluta, mas mantém a distância para o PSD.

Uma sondagem da Pitagórica demonstra, mais uma vez, que o Partido Socialista segue sozinho na frente a uma semana do arranque oficial da campanha para as próximas eleições legislativas de 6 de outubro, mas ainda sem maioria absoluta.

O PSD continua perto de atingir o seu pior resultado de sempre. A TSF indica que, de acordo com a sondagem da Pitagórica de setembro, o único distrito no qual o PSD vence o PS é o Porto.

De acordo com o estudo de opinião, o PS arrecada 39,2% das intenções de voto, deixando o partido perto, mas ainda fora do limiar que lhe permitiria conseguir a maioria absoluta. Já o PSD surge a quase 16 pontos de distância, com apenas 23,3% das intenções de voto.

Em terceiro e quarto lugar surgem Bloco de Esquerda e PCP, com o partido liderado por Catarina Martins a arrecadar 10% das intenções de voto, o que seria um resultado semelhante ao alcançado em 2015, mas com a Coligação que junta o PCP e Os Verdes apenas nos 7,7%, abaixo do resultado de há quatro anos.

Já o CDS-PP surge com apenas 5,6% das intenções de voto, o que faria com que mesmo que se coligasse com o PSD ainda ficasse a mais de dez pontos do PS, um resultado muito distante do alcançado pela coligação liderada por Pedro Passos Coelho em 2015.

O PAN continua a registar um crescimento nas intenções de voto, agora nos 3,2%, mais de o dobro do verificado em 2015.

Já o Livre aproxima-se da hipótese de eleger um deputado não tanto pela popularidade em Lisboa, mas pelas projeções de voto que tem “no centro do país e no grande Porto”. Quem “desaparece” da lista dos principais partidos com intenções de voto é o Iniciativa Liberal, que em agosto surgia à frente do Livre de Rui Tavares e perto do Aliança de Pedro Santana Lopes, com intenções de voto de 1,3%.

António Costa venceu os debates

Relativamente aos debates, segundo a sondagem da Pitagórica, 50% dos inquiridos assistiu a pelo menos um ou mais debates e entrevistas. Destes, 38% dos inquiridos considera que António Costa foi o líder político com melhor desempenho, até agora – mais do dobro dos que “votam” em Rui Rio (16%) como o político com melhor performance.

Logo a seguir surge Catarina Martins, com 12% dos entrevistados a considerar que foi a líder partidária que esteve melhor. Cristas surge em quarto lugar (8%), Jerónimo vem logo a seguir (3%) e André Silva é claramente o político que, para os portugueses (1%), tiver pior prestação nos debates e nas entrevistas.

Em setembro, António Costa continua a ser o líder com mais firmeza de voto, seguido de Rui Rio e de Catarina Martins. Em sentido contrário, Santana Lopes continua a ser o líder partidário em quem mais inquiridos rejeitam votar. Jerónimo de Sousa é o segundo com maior rejeição de voto e André Ventura o terceiro. Aliás, a grande maioria dos inquiridos (65%) afirma que jamais votaria em André Ventura.

Esta segunda-feira, Rui Rio e António Costa têm o seu primeiro frente a frente na SIC, TVI e RTP. Na próxima quarta-feira (dia 18), a partir das 10h, acontece o primeiro grande debate entre os líderes dos seis partidos com representação parlamentar, transmitido em simultâneo pela TSF, Renascença e Antena 1.Dia 23, primeiro dia de campanha oficial, há o frente a frente decisivo entre Costa e Rio, também nestas três rádios e, à noite, a RTP transmite o último debate a seis.

ZAP //

12 Comments

  1. É preciso que se explique aos cidadãos que aquilo que se vai votar nas próximas Eleições Legislativas a realizar em Outubro de 2019, na República de Portugal (RP), são os programas eleitorais que cada partido propõe para governar.

    Após estes quatro anos de governação pela Solução de Governo (SG), conseguiu-se grandes avanços na vida dos cidadãos e da República, graças à correlação de forças entre os partidos que a compõem, mas não deixa de ser interessante verificar que de todos os programas eleitorais aquele que foca directamente os problemas do país e dos cidadãos, e apresenta de forma clara e objectiva as soluções para os resolver, é sem dúvida alguma o programa eleitoral da Coligação Democrática Unitária (CDU).

    Irá ser um dilema para os cidadãos eleitores até ao dia da votação; em qual programa eleitoral deverão votar, no do Partido Socialista (PS) ou no da Coligação Democrática Unitária (CDU)?

    A consultar:

    – Programa Eleitoral do Partido Socialista (PS)
    https://todosdecidem.ps.pt/

    – Programa Elitoral da Coligação Democrática Unitária (CDU)
    https://www.cdu.pt/2019/programa-eleitoral-do-pcp#documento

  2. Até quando resistirão a cassete de Costa, a subserviência da comunicação social e a cegueira dos comentadores? Se assim acontecer, Costa continuará em alta nas sondagens mas o país poderá vir a pagar isso pesadamente mais tarde. Oxalá que até ao dia das eleições os portugueses acordem de vez da sonolência em que se encontram. Por mim, acho que nunca cheguei a adormecer e muito menos a deixar-me levar pelo discurso oficial do Governo apoiado pela Geringonça..

    • O que se passa hoje em Portugal é uma espécie de revolucionarismo eleitoral esquerdoide. É uma moda temporária de pensamento, até surgir uma tempestade governativa em sequência de condições nubladas de conjuntura económica. É tal o estado de graça do governo que mesmo estando a esganar instituições essenciais do país (um autêntico défice real), consegue que tantos revolucionaristas de pensamento amnésico e irresponsável estejam a conceder-lhe o seu apoio eleitoral. Como resultado, um dia virá em que o cheiro do lamaçal comece a despertar consciências para a realidade em que o ilusionismo/populismo mais uma vez nos lançou. Até lá vamos vendo o filme e aguentando com preocupação.

  3. Todos os Partidos apresentam um Programa virado para o dinheiro e bem-estar físico. Será que o homem é só matéria? Porque razão há tantos crimes, assassínios, suicídios, matricídios, roubos, incêndios, etc. A sociedade só é feliz com dinheiro no bolso e poder na barriga?

  4. Os políticos portugueses têm um défice de cultura política, de cumprimento do dever e de servir a causa pública, mas estes abusam quanto à sua atroz incompetência.
    Não fora a conjuntura económica, com o turismo a fortalecer os cofres do Estado e da Segurança Social e o fabuloso imposto Centeno sobre os combustíveis, já estaríamos hoje no chafurdo, após 4 anos cheios de nada e de muita incompetência e bazófia política, comandados pelo filho de um comunista que, desde os 14 anos, nada fez na vida para além do andar nesta pândega da política ordinária e embusteira.

  5. Só votaria se estivessem previstos mais 2 “quadradinhos” …… ABSTENÇÃO e BRANCO.
    Sendo que o “quadradinho” da ABSTENÇÃO corresponderia a CADEIRAS VAZIAS…
    Assim os deputados lembravam-se todos os dias dos Portugueses que neles não se reconhecem.

    • Até vou mais longe, “NENHUM”. Com este voto, todos os candidatos dessa eleição eram compulsivamente retirados e os partidos teriam de apresentar listas com pessoas que nunca antes haviam passado pela assembleia.

  6. Costa PERDEU com Rio. Tirando a lambuzice costumeira e eleitoralista do Costa, não se percebe do que ele fala. A esquerda parece andar em estertor quando só diz que fez e afinal nada fez. Mais quinze dias e o PS vai perder as eleiçoes. Vai o PAN, e os manhosos também. É que quem paga rios de impostos para um estado despesista e que cada vez está pior, está farto e talvez a mudança seja benéfica. Estamos todos fartos do mesmo.
    Além de que este PREC encapotado já farta, onde as liberdades individuais são cerceadas à conta de um perigosismo militante. Estes democratas de esquerda andam a cercear a liberdade dos cidadãos em leis avulsas. Costa, tentou comprar os juízes aumentando-os, pois os processos que Portugal recebe em tribunal, são resultado da legislação aldrabada das sucessivas legislaturas do PS. Estamos num proibicionismo de tudo o que os senhores da esquerda acham que não é politicamente correcto. Eu votarei, quanto mais não seja pela liberdade.

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