PS: denúncias de pressões e ameaças – e 6 diferenças entre Carneiro, Pedro Nuno e Adrião

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Miguel A. Lopes, Rui Farinha, Estela Silva / Lusa

Pedro Nuno Santos, Daniel Adrião, José Luís Carneiro

Eleição interna começa já hoje, com o voto de militantes de algumas federações socialistas. Apoiantes de Carneiro ameaçados.

A eleição do novo secretário-geral do Partido Socialista (PS) começa hoje, sexta-feira.

Daniel Adrião, José Luís Carneiro ou Pedro Nuno Santos: um deles será o sucessor de António Costa.

Militantes de algumas federações socialistas votam nas próximas horas, embora a maior “fatia” fique reservada para amanhã, sábado – que provavelmente já saberá os resultados de hoje.

Pedro Nuno Santos vota hoje, José Luís Carneiro votará amanhã.

Na véspera, surgiram no Diário de Notícias denúncias de pressões e ameaças a apoiantes de Carneiro.

Vasco Franco falou sobre “comportamentos inqualificáveis de alguns pequenos poderes paroquiais, pressionando e ameaçando militantes pelo simples facto de pretenderem candidatar-se a delegados ao congresso”.

Outro socialista, Miguel Coelho, disse que há “listas que foram desmobilizadas”, algo que nunca tinha visto: “Listas que estavam prontas para serem entregues, e no próprio dia dizerem que não o podiam fazer. Sente-se que há um certo espírito de receio de consequências“.

A equipa de Pedro Nuno Santos não reagiu a estas denúncias.

As diferenças

Há seis diferenças principais entre os três candidatos, apresenta o jornal Público.

Alianças: Pedro Nuno Santos lembra a “geringonça”, na sua moção de confiança, destacando um PS de “democracia pluralista”; José Luís Carneiro prefere destacar a autonomia, apesar de estar num partido “de pontes e de diálogo” – para esquerda e direita; Daniel Adrião prefere “acordos de regime” e “pontes e consensos”.

Professores: Carneiro falou sobre um “faseamento gradual” mas sem nunca “pôr em causa as contas públicas”; Pedro Nuno admite recuperação do tempo de serviço congelado.

Orçamento: Adrião pretende ter uma estratégia nacional para baixar a despesa pública; Pedro Nuno acha que é essencial descer a dívida, sem esquecer o investimento para melhorar serviços públicos; Carneiro quer continuar as “contas certas” do Governo actual.

Justiça: Pedro Nuno gostava de ter um debate sobre a selecção, formação e governo dos magistrados e da magistratura, com empresas e cidadãos a recorrer directamente ao Tribunal Constitucional; Carneiro aposta num pacto para a Justiça e num conselho consultivo.

Aeroporto/TAP: Carneiro quer decidir rapidamente e prolongar o que está acordado com o PSD sobre o aeroporto e privatizar a TAP para um grupo internacional que mantenha o hub em Lisboa; Adrião prefere ligar o comboio à Portela e ao novo aeroporto (esquecendo o TGV Lisboa-Porto), estabelecendo valor mínimo de venda da TAP; Pedro Nuno não aborda estes dois assuntos na sua moção de candidatura.

Mudanças no PS: Daniel Adrião queria que os militantes escolhessem todos os candidatos a todas as eleições, através de primárias – e acha que o secretário-geral do partido não deveria ser primeiro-ministro ao mesmo tempo; José Luís Carneiro baixa essa escolha dos militantes para pelo menos metade dos candidatos às legislativas; Pedro Nuno Santos não mexe.

ZAP //

1 Comment

  1. Que trapalhada!!! falam, falam, falam, e não dizem nada.
    Ainda vem habituados à politica do engana o parceiro. Parece que ninguém fala verdade. Só promessas de última hora.
    Politiquice!!!

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