O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo (maior partido da oposição) assinaram hoje, em Maputo, o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional.
O pacto, que encerra formalmente, meses de violência armada no país, foi rubricado na Praça da Paz, na presença de cinco chefes de Estado africanos e dignitários estrangeiros, incluindo a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação portuguesa, Teresa Ribeiro, e da alta representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini.
A cerimónia foi também testemunhada por milhares de populares, incluindo crianças, muitos dos quais trajando “t-shirts” com a frase “Paz definitiva”. O acordo terá de ser depois ratificado no parlamento.
Na passada quinta-feira, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade, assinaram o acordo de cessação das hostilidades na Gorongosa, província de Sofala, centro do país, para acabar, formalmente, com os confrontos entre as forças governamentais e o braço armado do principal partido da oposição.
Trata-se do terceiro acordo entre o Governo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), e a Renamo, depois da assinatura do Acordo Geral de Paz de Roma de 1992 e do acordo de cessação das hostilidades militares em 2014, na sequência de uma nova vaga de confrontos entre as duas partes.
No domingo, o líder do braço armado da Renamo que contesta a liderança do partido recusou entregar as armas no quadro do acordo de cessação de hostilidades assinado com o Governo sem que seja eleito um novo presidente da formação política.
“Nós vamos eleger o nosso presidente e só depois é que vamos entregar as armas”, disse Mariano Nhongo, general da Renamo, que deixou um aviso ao Governo e ao atual líder do partido, Ossufo Momade: “Não [nos] enganem, os militares estão do meu lado“.
// Lusa
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