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O presidente do Irão, Hassan Rohani (Rouhani)
Hassan Rouhani, Presidente cessante do Irão, reconheceu que, durante os seus oito anos de mandato, o Governo “não disse parte da verdade” ao seu povo.
No domingo, Hassan Rouhani reconheceu que o Governo “não disse parte da verdade” ao seu povo durante os seus oito anos de mandato. As declarações, transmitidas pela televisão estatal e citadas pela ABC News, parecem ser uma confissão do Presidente cessante do Irão.
“O que dissemos às pessoas não foi contrário à realidade, mas não dissemos parte da verdade”, admitiu Rouhani na sua última reunião de gabinete como Presidente. “Porque não o achei útil e receava que prejudicasse a unidade nacional”, justificou.
“Pedimos desculpa ao povo e pedimos perdão e misericórdia”, disse Rouhani, no domingo.
O governante não desenvolveu o que quis dizer com as suas observações nem especificou a que se referia com os seus comentários. No entanto, durante o seu mandato, a Guarda Revolucionária paramilitar iraniana abateu por engano um avião comercial, vitimando mortalmente 176 pessoas em janeiro de 2020.
Na altura, o Governo recusou reconhecer o acidente durante vários dias, até as nações ocidentais terem tornado públicas as suas suspeitas.
No seu discurso, Rouhani culpou o ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que se retirou do acordo nuclear com o Irão de 2015, por muitos dos problemas do país.
O governante disse que, apesar de o Irão ter planos para modernizar as suas Forças Armadas após a expiração de um embargo de armas da ONU em outubro de 2020, não o podia fazer devido aos seus problemas financeiros. “Não tínhamos dinheiro para comprar devido às sanções e à falta de venda de petróleo, mas o contrato está pronto.”
Ebrahim Raisi, um protegido de Khamenei, venceu as eleições presidenciais no mês passado e toma posse na quinta-feira. Raissi obteve 61,9% dos votos nas eleições, mas a participação foi excecionalmente baixa, 48,8%, o pior índice de todas as eleições para a Presidência realizadas no Irão desde o triunfo da Revolução Islâmica, em 1979.
Se fosse só este!