Justiça filipina acusa Duterte de assassínio, sequestro e tortura

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Mast Irham / EPA

O presidente das Filipinas, Rodrigo Roa Duterte

O presidente das Filipinas, Rodrigo Roa Duterte

O Presidente das Filipinas foi esta sexta-feira acusado de assassinato, sequestro e tortura na sequência de um testemunho de um filipino que disse ter cometido crimes sob as suas ordens em Davao, no sul do país.

A acusação formal foi hoje apresentada pela Justiça em Manila mas Rodrigo Duterte, antigo autarca de Davao, está protegido pela imunidade política pelo que o processo não deve ser investigado.

O denunciante, Edgar Matobato, que já tinha prestado declarações em setembro no senado de Manila, fez parte dos “esquadrões da morte” organizados pelo atual presidente das Filipinas que, na altura em que era presidente da câmara, quis “limpar a cidade” de Davao de delinquentes.

De acordo com depoimentos publicados pelo jornal Phil Star, Matobato disse também que os grupos armados por Duterte são responsáveis pela morte de milhares de pessoas entre 1988 e 2013.

Duterte foi autarca de Davao, uma cidade com quase dois milhões de habitantes, durante 22 anos, nos períodos entre 1988 e 1998, de 2001 a 2010 e entre 2013 e 2016.

A denúncia de Matobato envolve também Paolo Duterte, filho do atual chefe de Estado e vice-presidente da câmara de Davao desde 2013, além de outras 26 pessoas.

Em comunicado, o gabinete do chefe de Estado das Filipinas considerou as acusações do antigo operacional como “manobra política, provocação e distração”.

Os “esquadrões da morte” de Davao foram investigados no passado, incluindo por uma comissão do Senado, mas nenhum dos processos foi conclusivo.

/Lusa

1 Comment

  1. Este pelo menos parece querer uma sociedade mais justa e humana ao tentar eliminar muito do lixo humano que existe no país e que por sua vez fazem da restante sociedade as suas vítimas, o caso é discutível segundo a mentalidade de cada um ou se quisermos segundo a disposição de cada um para ser vítima dos vários abusos a que esta esta gente assujeita a sociedade, por cá temos infelizmente cada vez mais exemplos e às vezes lamenta-se mais o assassino ou malfeitor do que a vítima pelo menos a justiça assim parece fazer; ainda agora morreu um ditador e carniceiro que por apenas razões de opinião politica mandou abater e prender milhares de cidadãos e no entanto a sua morte foi anunciada e seguida como se de um herói se tratasse.

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