Presidente dos Bombeiros Voluntários nega detenção: “É tudo falso”

O Presidente da Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários – APBV – Rui Silva desmente ter sido detido pela GNR em Pedrógão Grande nesta quarta-feira. A Associação garante, por sua vez, que Rui Silva está envolvido numa batalha legal que o opõe aos dirigentes da própria associação.

Segundo o Observador, Rui Silva tinha sido identificado e detido pela GNR, em Pedrógão Grande, na manhã de quarta-feira, na sequência de uma denúncia por alegada “usurpação de funções”.

Rui Silva vem agora garantir que tal nunca aconteceu e aproveitou para a desmentir a notícia avançada pelo Observador no início do mês que dava conta da sua destituição do cargo de presidente e que se ia candidatar às autárquicas.

“Não fui detido. Eu por acaso hoje nem andei fardado, mas só por acaso, porque podia fazê-lo”, reitera. O responsável frisa ainda que não é candidato às eleições na freguesia de Árvore e vê esta divulgação como tendo “objetivos”, olhando para isto como uma forma de “aniquilar completamente uma pessoa”, segundo o Notícias ao Minuto.

Rui Silva garantiu ainda que irá avançar judicialmente, já que “tudo aquilo que é dito é falso”. “Uma acusação de que fui detido não é uma coisa qualquer, porque eu não fui detido, também não fiz nada de mal, era o que mais faltava ser detido por exercer uma função que é legal”.

A GNR de Leiria garantiu que foi “feito um auto de notícia por usurpação de funções“, mas que não houve, de facto, qualquer detenção. “Houve uma denúncia por um suposto crime” e serão tomados os procedimentos considerados normais, comunicaram as autoridades.

Quanto às denúncias feitas contra si, Rui Silva justifica: “Se há alguma incorreção, e não estou a a dizer que há, o que a presidente da Assembleia tem de fazer é convocar novas eleições, não é tomar este tipo de atitudes. Esta é uma manobra meramente de afastamento porque sou inconveniente, é essa a minha interpretação, não há outra. Eu sou boa pessoa, não prejudico ninguém, a não ser com aquilo que digo sobre os incêndios, os bombeiros, quem sabe, o que incómoda.

O bombeiro de Vila do Conde aponta o dedo à presidente da Assembleia-Geral, Alzira Borges de Sousa, porque, ao Correio da Manhã, Alzira disse que Rui Silva se apresentou em fevereiro como vencedor das eleições para os órgãos sociais.

“Nunca fui informada sequer da realização das eleições e recusei-me a dar posse aos novos órgãos”. A Assembleia-Geral decidiu, em fevereiro deste ano, destituir Rui Silva do cargo de presidente.

Foi, entretanto, criada uma comissão de gestão que interpôs queixas contra Rui Silva por usurpação de funções e falsificação de documentos. “Foi falsificada uma assinatura minha nos papéis das supostas eleições”, diz Alzira Borges de Sousa.

“Há muito que lhe pedimos que apresente as contas e documentos dos anos que ele levou como presidente – Rui silva presidiu à instituição desde 2010 -, e nada disso nos foi dado. Nem a nós nem aos próprios elementos da sua direção”, conta a advogada que presidiu, até há poucos dias, à comissão de gestão.

“Saí a partir do momento em que soube que o senhor Rui Silva tinha interposto dois processos judiciais contra mim”, explica. A advogada garante que Rui Silva já não é legalmente o presidente e que já foi notificado dos processos judiciais que correm contra ele. “É uma vergonha que isto esteja a acontecer”, diz Alzira Borges de Sousa.

ZAP //

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