Joan Laporta falou pela primeira vez em conferência de imprensa, desde que ganhou as eleições. Messi, Koeman e Guardiola foram três dos nomes abordados.
O Barcelona marcou para esta sexta-feira uma conferência de imprensa para uma espécie de análise geral ao clube, com destaque para o futebol. Na primeira conferência de imprensa do seu presidente, desde que voltou a liderar o Barcelona em março deste ano, Joan Laporta falou obviamente sobre Lionel Messi.
O contrato do argentino termina daqui a um mês. Entretanto o Barcelona já apresentou uma nova oferta, “dentro das possibilidades” do clube, avisou Laporta: “Apresentámos uma proposta mas nada está finalizado. O Messi merece mais, e pode conseguir mais, mas a sua vontade de fazer algo grande no Barcelona faz com que ele esteja a dar valor ao esforço que estamos a fazer. Acho que ele está muito entusiasmado com o projeto, e isso é o básico”.
O presidente atual não esqueceu o presidente anterior, Josep Maria Bartomeu: “Messi ficou muito dececionado com o presidente anterior; agora gosta do presidente do Barcelona. Daí a sua atitude ter mudado, desde o dia em que anunciou que queria sair. Estou moderadamente otimista”.
Com ou sem Messi, na próxima temporada o Barcelona quer mudar a imagem que deixa dentro de campo. A renovação do plantel tem sido um assunto comentado várias vezes: “Estamos a falar com todos os futebolistas sobre os objetivos e critérios. Não houve a exigência necessária nos últimos anos. Quando se perdia, não havia consequências, as mensagens dos superiores não eram adequadas”.
“Exigimos ser mais competitivos e deixar claro que, se não se ganha, algo vai acontecer. Comigo não há temporadas de transição. O Barcelona entra em campo para ganhar. Mas tem estado numa contradição permanente há várias épocas. Ganhámos a Taça do Rei mas realizámos um desastroso final de campeonato. Perante isto, temos que tomar decisões”, avisou o líder.
Ronald Koeman vai continuar a ser o treinador da equipa principal? “Tem contrato, vamos decidir na próxima semana. Estamos a avaliar a temporada, temos uma relação muito direta. Estamos em negociações, não o descartem”, respondeu o dirigente.
Caso o holandês saia, Pep Guardiola poderá regressar. Laporta desviou-se dessa possibilidade, dizendo que deseja apenas que o espanhol conquiste a Liga dos Campeões no Porto, neste sábado, na final entre Manchester City e Chelsea.
Outro antigo médio da equipa catalã, Xavi Hernández, também foi apontado como próximo treinador: “Ainda não podemos afirmar isso. É um amigo. A experiência ajuda a tomar decisões”.
Em relação à situação económica do Barcelona, o presidente admitiu que há “coisas preocupantes e outras surpreendentes” e prometeu transparência: “Tudo vai ter de ser explicado, há coisas que não estamos a encontrar e que terão de ser explicadas. Pediremos responsabilidades. Falarei mais quando tivermos o resultado da auditoria”.
A Superliga Europeia contou com o Barcelona porque o clube “não vira a costas a movimentos, muito menos se esses movimentos incluem os grandes da Europa. Com todas as reservas, quando chegámos, decidimos que teríamos que estar na Superliga Europeia mas com uma condição: a opinião dos sócios, porque somos um clube que pertence aos sócios”, acrescentou Laporta.