O presépio em movimento de S. Paio de Oleiros, na Feira, foi este domingo reconhecido pelo Guiness como o maior do mundo, superando com 162 peças à mesma escala o recorde anteriormente detido pelas 40 de idêntica composição no México.
Tendo recebido cerca de 500.000 visitantes em 2012, o presépio português é constituído por cerca de 7.500 peças, mas, na avaliação daquela que é apontada como a autoridade mundial no registo de recordes, foram apenas considerados os elementos com uma altura média de 20 centímetros e estritamente relacionados com a história do nascimento de Cristo.
De fora ficaram assim componentes ‘kitsch’ como comboios, ciclistas e réplicas de Amália, mas o britânico Pravin Patel, júri do Guinness, confessou-se ainda assim “absolutamente fascinado por todas as peças do presépio”, graças ao “prazer que foi caminhar pelas suas salas ontem e hoje”.
A área sujeita a apreciação foi “a gruta maior”, onde entraram para a contabilidade oficial apenas as peças que cumpriam os seguintes requisitos: “serem relacionadas com o nascimento de Jesus; moverem braços, corpo ou pernas; e não estarem duplicadas”.
Pravin Patel garante que “todas essas linhas orientadores foram cumpridas”, pelo que Manuel Jacinto Azevedo, dinamizador do projeto hoje distinguido em S. Paio de Oleiros, “é o detentor do novo recorde mundial para o maior número de peças mecânicas num presépio”.
Defendendo que o título do Guiness vem “acabar com as dúvidas que muita gente tinha” em relação a essa obra, o novo recordista declarou que o certificado deve ser “partilhado com toda a gente que ajudou” a concretizar o projeto.
“Não é só o dinheiro que faz isto, como algumas pessoas pensam”, afirmou Manuel Jacinto Azevedo. “É preciso apaixonarmo-nos por este trabalho e foi isso que aconteceu com todas as pessoas que têm vindo a colaborar com o presépio, com tanto sacrifício das suas horas livres e das suas famílias”.
A 9.ª edição do chamado “Presépio da Cavalinho” continua a ter entrada gratuita e pode ser visitada diariamente até 7 de março, entre as 09:00 e as 24:00.
A iniciativa deve-se ao “gosto pessoal” de Manuel Jacinto Azevedo, fundador da marca de carteiras, calçado e marroquinaria cujo logótipo dá nome ao projeto.
/Lusa