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Prémio Nobel alternativo da Nova Academia vai ser decidido pelo público

Marcelo Camargo / ABr

Depois do cancelamento do prémio por parte da Academia Sueca, a Nova Academia, criada este ano em protesto, vai atribuir um prémio alternativo. As votações para o prémio ao Nobel (alternativo) da Literatura serão realizadas online até 14 de agosto.

A votação pública da Nova Academia, que teve início a 10 de julho, vai selecionar 4 candidatos, duas mulheres e dois homens, introduzindo a exigência da igualdade de género. A decisão para apurar o vencedor do prémio caberá a um painel de 4 jurados.

O vencedor será anunciado a 14 de Outubro, decalcando o calendário da Academia Sueca. A cerimónia de entrega terá lugar no dia 10 de Dezembro, após o que, no dia seguinte, a organização será dissolvida.

A 10 de julho, foram apresentados os 47 candidatos na página oficial da Nova Academia. Os Estados Unidos apresentam-se na liderança com 13 nomeados, seguidos pela Suécia, com 12, e pelo Reino Unido, com 5. A lista de nomeados conta com os sonantes nomes de Paul Auster, J.K. Rowling, Ian McEwan e Margaret Atwood.

O apuramento dos candidatos foi feito por bibliotecários suecos depois de um apelo da Nova Academia. Os candidatos escolhidos poderiam ser de qualquer parte do mundo e deveriam ter pelo menos duas obras publicadas, uma delas nos últimos 10 anos. Entre os candidatos somam-se 16 nacionalidades.

Sobre o Prémio (Nobel) Alternativo

A iniciativa da Nova Academia vem responder ao cancelamento do Prémio Nobel da Literatura, anunciado a 4 de maio de 2018, por alegados escândalos sexuais que envolviam membros da Academia Sueca.

Na página oficial da Nova Academia declara-se que “a literatura deve ser associada com a democracia, a transparência, a empatia e o respeito”. Alguns membros da AS assumiram publicamente que o prémio devia ser atribuído para proteger a tradição – em 75 anos, o Nobel da Literatura foi sempre atribuído.

O Prémio Nobel da Literatura 2018, que contava com as nomeações de Manuel Alegre e Augustina Bessa-Luís, será entregue no ano seguinte em conjunto com o laureado de 2019, segundo avança a Academia Sueca. No entanto, a mesma instituição põe em dúvida a atribuição do prémio se os problemas internos não forem resolvidos até à data.

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