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Há 10 anos que não se vendiam tantas casas (mesmo com os preços a disparar)

O mercado imobiliário continua em alta em Portugal e já vale 12% do PIB, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em 2018, as vendas de imóveis cresceram 24,4% para os 24,1 mil milhões de euros, com os preços a dispararem 10,3% relativamente ao ano anterior.

O Índice de Preços da Habitação (IPHab) divulgado nesta segunda-feira pelo INE revela que os preços médios das casas continuaram a crescer em 2018, subindo 10,3%, ou seja, mais 1,1 pontos do que em 2017. Este crescimento constitui um recorde desde que há registos oficiais (2010).

Em resultado disso, os valores das transacções de imóveis subiram 24,4% relativamente a 2017, situando-se nos 24,1 mil milhões de euros, um valor que é equivalente a 12% do PIB, como constata o INE em comunicado.

Mas não foi só no preço que as vendas aumentaram. Também o número de imóveis vendidos aumentou “16,6% face ao ano anterior”, com “mais 25 399 habitações” transaccionadas. “Em 2018, foram transaccionadas 178 691 habitações, o que constitui o registo mais elevado da série”, revela o INE.

De acordo com o INE, 85,2% das vendas referem-se a imóveis usados, com “o aumento médio anual dos preços das habitações existentes (11,0%)” a continuar “a superar o das habitações novas (7,5%)”.

No último trimestre de 2018, a taxa de variação homóloga do IPHab fixou-se em 9,3%, mais 0,8 pontos percentuais que no trimestre anterior e o crescimento dos preços das habitações existentes (9,5%) foi mais intenso que o das habitações novas (8,5%).

No 4.º trimestre de 2018 se observou uma desaceleração do número das transacções, que passou de uma variação homóloga de 18,4% no 3.º trimestre para 9,4%, segundo o INE.

Em valor, as transacções desaceleraram de 29,1% no 3.º trimestre para 10,7% no 4.º trimestre.

Pelo segundo trimestre consecutivo o aumento homólogo nas habitações novas (15,0%) superou o das habitações existentes (9,7%).

Em termos regionais, as transacções realizadas na Área Metropolitana de Lisboa e na região Norte representaram 64,6% do total em 2018, mais 0,3 pontos que em 2017, refere o INE.

A Área Metropolitana de Lisboa concentrou 48,0% do valor das transacções realizadas em Portugal no último ano. Mas, pela primeira vez desde 2013, esta região registou uma redução do seu peso relativo no valor total das vendas de habitações (-0,2 pontos).

Em contrapartida, a região Norte, com uma quota relativa de 23,5%, atingiu a sua maior percentagem desde 2013 tendo sido, a par do Alentejo (+0,1 pontos), as únicas a apresentar aumentos nos respectivos pesos relativos.

ZAP // Lusa

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