O plano estratégico prevê a necessidade de se investir 6,6 mil milhões de euros na rede, sendo este um valor conservador. Os fundos serão conseguidos com a aplicação do princípio utilizador-pagador.
A estratégia nacional para esta década relativa à água avança para o fim da venda abaixo do custo, que ainda acontece em muitos municípios, e pode haver um aumento médio de até 50% nos preços a cobrar pelo abastecimento de um metro cúbico e pelo tratamento dos efluentes, escreve o Público.
Até 2030 serão precisos 6,6 mil milhões de euros de investimento para o equilíbrio das contas dos serviços de água e o princípio do utilizador-pagador pode ser a resposta. As perdas de água nas redes também ainda rondam os 30%.
O Plano Estratégico para o Abastecimento de Água e Gestão de Águas Residuais e Pluviais 2030, o PENSAARP 2030, já estima vários cenários para o investimento na melhoria da qualidade do serviço, que representa 30% da água consumida no país e que não está imune à escassez que se antecipa com a crise climática.
Nos últimos 20 anos, Portugal investiu 13,8 mil milhões de euros nos sistemas de água e saneamento, mas houve mesmo assim um subinvestimento nestas redes. Por isto, as mexidas nas tarifas vão ser precisas para se angariar fundos para os investimentos necessários, especialmente no abastecimento em baixa, que se vai notar nos bolsos dos portugueses.
As subidas médias da água e saneamento serão de 50%, passando de um valor médio de 2,06 €/m3 (das duas tarifas juntas), para 3,10 €/m3. Mesmo assim, “o tarifário social continuará a funcionar como mecanismo complementar de proteção das famílias economicamente mais desfavorecidas em termos de acessibilidade económica”, lê-se no site do Portal Participa.
O aumento pode também acabar com outros problemas, como o facto das tarifas de gestão de águas residuais serem sempre inferiores às do abastecimento, o que contraria a tendência dos países desenvolvidos.
Em Portugal consome-se também muita água engarrafada, o que não faz sentido num país onde 98,7% da rede pública cumpre com os critérios de qualidade europeus. Se os portugueses tivessem um padrão de consumo igual ao dos britânicos, “haveria uma poupança de cerca de 300 milhões de euros por ano, valor que cobriria o défice tarifário no setor” e tornaria os aumentos desnecessários.
É que a agua está tão baratinha que tem mesmo que subir não é?
As portas estão abertas para o crescimento exponencial de criação de poleiros para Boy’s dos partidos do costume, a ineficiência e o aumento abrupto do preço da agua para os contribuintes do costume.
É um facto que algo tem que ser feito contra o uso abusivo do bem mais essencial para a vida na terra! Concordo com a aplicação do princípio do utilizador- pagador desde que sejam feitas vestorias frequentes aos contadores que, muitas vezes, são alvo de falcatruas e aí a pessoa põe a água a correr para a rua sem qualquer escrúpulo. Não se admite que pessoas que têm piscinas e grandes jardins paguem a água ao mesmo preço que aqueles que a gastam para o que for estritamente necessário! Não é admissível que as câmaras municipais continuem a regar os jardins públicos e a lavar as ruas com água tratada! Façam cisternas e aproveitem as águas pluviais e assim dariam bons exemplos aos munícipes! Não é aceitável que a câmara municipal de Lisboa tenha na Mãe d`água um reservatório de 5.500 m3 de água sem lhe dar qualquer outro aproveitamento senão o decorativo. Até há bem pouco tempo, estas águas abasteciam os chafarizes públicos de Lisboa mas, por obras na rede rodoviária da cidade, as galerias que levavam a água para as diferentes zonas da cidade foram interrompidas e nunca mais foi reposto o abastecimento e aqueles 5.500 m3 ali estão depositados, despendiosamente tratados para não estagnarem, sem lhes ser dado qual quer tipo de utilização e impedindo o aproveitamento da água que continua a correr pelo aqueduto e que se perde nas infiltrações!
Infelizmente é mesmo preciso subir o preço para o controlar já que muitas pessoas não o entendem a gravidade da situação doutra forma!!
Joe, não entendo o que é que o aumento do preço da água tenha a ver com a subida dos “boys” para o poleiro? O problema é muito mais grave! A continuarem estas secas qualquer dia deixa de correr água na nossas torneiras para a desperdiçarmos da forma irresponsável como o temos feito! E depois ? É preciso , por isso pôr termo a tais comportamentos ainda que seja pela forma mais dolorosa, já que, de outra forma, as pessoas não entendem não conseguindo passar a mensagem aos descendentes.