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Preço do lítio em queda livre (mas “apetite chinês” pode salvar negócio)

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Dakota Minerals

Os preços do lítio continuam a crescer para preocupação das empresas do sector. Mas há perspectivas positivas para 2024 – e muito por via do “apetite chinês” por carros eléctricos.

A Sociedad Quimica y Minera do Chile (SQM), a segunda maior produtora de lítio do mundo, anunciou uma queda de 82% nos seus lucros líquidos no trimestre que terminou em Dezembro de 2023, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Um resultado que reflecte a contínua queda nos preços do lítio.

A maior fornecedora mundial de lítio, a norte-americana Albemarle (ALB.N), já anunciou cortes de pessoal e travou processos de expansão.

Esta crise no negócio do metal que é usado para fabricar baterias para carros eléctricos resulta do excesso de oferta global de lítio que ultrapassou a procura em 2023.

Isso levou a uma “destruição dos preços”, como aponta o jornal económico Australian Financial Review (AFR).

A situação já levou a cortes na produção em todo o sector.

“O excesso de lítio e de materiais para baterias deverá continuar durante este ano, mantendo a pressão sobre os preços do mercado de lítio”, perspectiva o presidente-executivo da SQM, Ricardo Ramos, em comunicado citado pela Reuters.

“Apetite chinês” pode salvar negócio

Contudo, há boas previsões no sector e os analistas acreditam que “a crise de preços terminou”, como destaca a AFR.

“Prevemos preços estáveis no curto prazo”, aponta Ricardo Ramos numa teleconferência com analistas depois da divulgação dos resultados da SQM, conforme cita o jornal australiano.

O presidente da empresa chilena nota que estão “mais optimistas, mais positivos, para o segundo semestre deste ano”. A perspectiva é que haja um aumento das vendas face a uma previsão do aumento da procura da ordem dos 20%.

Em Fevereiro passado, “o apetite chinês por veículos eléctricos” já “ultrapassou as expectativas, aumentando o optimismo quanto a uma recuperação do preço do lítio” – e quanto ao fim da crise de preços, nota a AFR.

Algumas das principais empresas de baterias na China “aumentaram a produção em 70 a 80 por cento apenas nas últimas quatro semanas”, sublinha ainda o jornal especializado.

Deste modo, acredita-se que, já em Março, haja “um salto de 20% no crescimento anual da produção de baterias”, salienta a mesma publicação.

Esta tendência deverá continuar ao longo de 2024, com a procura por lítio a superar a procura por baterias – e isso será óptimo para quem vende o chamado “ouro branco“.

ZAP //

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3 Comments

  1. Os chineses, enquanto maiores compradores, podem manipular os preços: basta que parem de comprar – logo, menor procura – e “o mercado” faz o resto, ou seja os preços baixam.
    Como páram de comprar?
    Por exemplo, já têm em stock, ou têm os próprios ciclos comerciais, de que, obviamente, não dão informação a ninguém.

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