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Praias vão ter nova sinalética que alerta para riscos do mar

Alvesgaspar / Wikimedia

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O porta-voz da Autoridade Marítima Nacional, Nuno Leitão, anunciou hoje que em breve as praias sem vigilância terão uma nova sinalética que visa “prevenir os riscos que o mar representa”.

“Uma distração, mesmo que seja uma simples caminhada pela praia, pode ser um fator de risco”, disse Nuno Leitão aos jornalistas, no âmbito da apresentação do balanço desta época balnear.

A instalação da nova sinalética nas praias, que vai permitir aos concessinários manterem o negócio aberto fora da época balnear, apenas depende da publicação de uma portaria que está para breve.

“A portaria deve estar a ser publicada. [A sinalética] passa a ser uma obrigatoriedade dos concessionários”, frisou.

Fazendo um balanço muito positivo desta época balnear comparativamente a épocas de anos anteriores, Nuno Leitão afirmou que o objetivo da AMN é “caminhar para zero” mortes.

Este ano, sete pessoas morreram durante a época balnear em praias portuguesas, seis das quais em zonas marítimas não vigiadas.

Sete vidas numa afluência de 63 milhões de visitas ao risco, é um número muito reduzido. O que falhou foi o cumprimento de regras elementares de segurança e nesse sentido vamos continuar a trabalhar em campanhas de sensibilização”, afirmou.

Afirmando ser “impossível ter um nadador-salvador atrás de cada banhista”, Nuno Leitão acredita que “só através de uma cultura de segurança a ser difundida por todos aqueles que frequentam estes espaços” será possível “continuar a baixar ainda mais estes números reduzidos”.

O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar Branco, destacou “o resultado alcançado altamente meritório”.

O facto de este ano não ter havido nenhuma morte nas praias fluviais, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, foi também vincado pelo ministro.

Para Aguiar Branco, a cooperação feita entre entidades públicas, empresas e autarquias permite obter “um resultado melhor”.

Depois de assistir a um simulacro de salvamento com uma boia telecomandada “U-safe”, cuja primeira tentativa não funcionou, José Pedro Aguiar Branco desvalorizou o incidente considerando que “muitas vidas irão ser salvas por esta inovação”.

A boia permite, “sob um comando, salvar em zonas onde não é possível salvar, em condições atmosféricas adversas, em alto mar”, salientou o governante.

A apresentação do balanço da época balnear foi feita a bordo de um barco rabelo, no rio Douro, onde foi ainda foi visualizada uma ação da iniciativa “Surf Salva”, que este ano pôs surfistas a salvar banhistas nas praias nacionais.

/Lusa

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