Ao longo da última semana, foram muitas as especulações sobre o futuro da liderança socialista, depois de Mariana Vieira da Silva ter assumido o cargo de primeira-ministra em funções durante as férias de António Costa e depois de o líder do secretário-geral socialista remeter para 2023 a decisão de uma possível recandidatura.
As recentes especulações em torno dos possíveis sucessores de António Costa — depois de o próprio ter atirado uma decisão sobre uma possível recandidatura a líder do partido para 2031 — não parecem assustar a máquina socialista, que, de forma assumida, vai sentar na mesa do congresso deste fim-de-semana Ana Catarina Mendes, Fernando Medida, Mariana Vieira da Silva e Pedro Nuno Santos.
Os nomes, segundo o Expresso, foram escolhidos por Carlos César juntamente com António Costa e carecem ainda de votação — que terá lugar na sexta-feira, um dos primeiros atos do congresso. No entanto, e tal como sugere o semanário, as escolhas estão carregadas de significado político, com os escolhidos a sentarem-se lado a lado, mas também ao lado ou atrás de António Costa.
Em comparação com o congresso anterior, há duas diferenças a apontar: a entrada de Pedro Nuno Santos e Fernando Medina. Na anterior reunião socialista, Ana Catarina Mendes era secretária-geral adjunta do PS e Mariana Vieira da Silva a coordenadora da moção de António Costa, pelo que a presença das suas era expectável.
Na mesa, para além dos quatro nomes referidos e de Carlos César (presidente do PS), estarão também Margarida Marques (membro da Comissão Nacional), José Manuel Mesquita (membro do Secretariado), José Luís Carneiro (secretário-geral adjunto) e Luís Graça (presidente da Federação do Algarve e presidente da Comissão Organizadora do Congresso (COC).
Para além desta mesa, uma outra trará novidades, nomeadamente Marta Temido, recém militante socialista. Estará acompanhada de Manuel Lage (vice-presidente da COC), Edite Estrela (membro da Comissão Política), Duarte Cordeiro (presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa), Elza Pais (presidente das Mulheres Socialistas), Vasco Cordeiro (PS Açores), Paulo Cafôfo (PS Madeira), Miguel Costa Matos (presidente da JS) e Daniel Adrião — desafiador de Costa nas eleições diretas.