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Portugal entre os países que mais milionários vão criar nos próximos 5 anos

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Há, actualmente, 117 mil portugueses que são milionários. Mas o número deverá crescer para 174 mil em 2024, o que constitui uma subida de 49% que supera o aumento médio esperado de milionários a nível global.

Estes dados são avançados no relatório “Global Wealth Report – 2019” do Credit Suisse que prevê que Portugal é dos países que mais milionários vai criar nos próximos 5 anos.

“Entre as economias desenvolvidas, o número de milionários na Alemanha, França, Itália e Suécia deverá subir em linha com a média mundial. No Canadá e em Espanha deverá crescer um pouco acima da média e no Japão e em Portugal muito melhor do que a média”, constata o relatório.

Actualmente, há 117 mil portugueses que se podem considerar milionários, com patrimónios superiores a 900 mil euros. Há 110 mil pessoas com riquezas entre um milhão e 5 milhões de euros, 4620 com fortunas entre 5 milhões e 10 milhões de euros; 1761 milionários com patrimónios entre 10 e 15 milhões de euros; 73 pessoas têm entre 50 e 100 milhões de euros; 28 detêm entre 100 e 500 milhões de euros; e apenas dois milionários têm fortunas superiores a 500 milhões de euros.

Até 2024, haverá 174 mil milionários portugueses, de acordo com o relatório do Credit Suisse, o que constitui um aumento de 49%.

O Banco aponta que os endinheirados portugueses são, sobretudo, detentores de activos não financeiros, com destaque para o património imobiliário. A subida no número de milionários está directamente associada ao aumento dos preços imobiliários.

O Credit Suisse aponta que até 2024, vão aparecer 16 milhões de milionários a nível mundial. o número global de milionários passará, assim, a ser de 62 milhões de pessoas.

A entidade repara ainda que os 1% mais ricos do mundo controlam 45% de toda a riqueza do planeta – em 2018, controlavam 44,9% e em 2017, 44,1%.

ZAP //

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24 Comments

  1. Excelente notícia. Os países com maiores índices de desenvolvimento e qualidade de vida, tendem a ser os que têm maior número de ricos per capita. A não existência de milionários e bilionários, apenas significa que são todos pobres.

    • Que comentário tão absurdo… Países como os escandinavos, têm menos milionários e têm uma riqueza média muito maior per capita. A questão é exactamente o inverso. Se há muitos milionários, significa que há menos riqueza distribuida pela população, porque há concentração e polarização da riqueza. Assim são geralmente os países do terceiro mundo tipo África e América Latina. Veja o exemplo do tecido social de Angola ou mesmo do Brasil, com uns poucos muito ricos e um índice de pobreza bruto no resto da população.

      Eu nada tenho contra a existência de milionários se o resto da população viver toda ela bem acima do limiar da pobreza… Mas conciliar as duas coisas é quase um passe de mágica, que muito poucas nações conseguem. Talvez a Suiça, a Austrália e pouco mais. Isto nada tem a ver com regimes de esquerda ou de direita. Tem a ver com cultura, mentalidade e incapacidade reguladora do Estado. Agora vir-se por um lado dizer que Portugal vai ser dos países com mais aumento de milionários, quando sabems que é dos países com menor ordenado mínimo e médio, e com menor poder de compra médio… Está tudo dito e você todo risonho, a elogiar o aumento de desigualdade, e o enriquecimento de uma minoria à custa da maioria.

      Se quem tem mais riqueza começa a ter capacidade de influenciar a regulação e a legislação, isso chama-se lobbying e tráfico de influências. E levado ao extremo pode levar a impunidade perante a lei, como se vê com Salgados, Oliveira e Costa, etc… Se além disso, quem mais tem consegue melhor fugir aos impostos, colocando os lucros em off-shore, é evidente que a carga fiscal fica a ser suportada pelos que não têm dinheiro para conseguir esses privilégios… E que assim ficam cada vez mais pobres. Se a desregulação de mercados leva a que, em vez de maior concorrência, haja cartelização dos preços, em vez do consumidor ser rei… Passa a ser vítima.

      Conclusão: oligarquias e feudalismo moderno, aumentam os milionários mas aumentam ainda mais a pobreza da maioria.

        • Nada disso. Está errado e parte de uma premissa totalmente incorreta. A de que “…Se há muitos milionários, significa que há menos riqueza distribuida pela população, porque há concentração e polarização da riqueza…”
          Não podia estar mais errado. Não compreende o que é um negócio global e a escala que se atinge quando se tem um produto/serviço vendável em todo mundo. Isso é que origina os multimilionários. Não é a pior distribuição da riqueza. Isso é um resultado natural de meia dúzia de pessoas atingirem níveis completamente colossais de rendimentos simplesmente porque são muitíssimo bons numa determinada área e tiveram, algures no seu trajeto, a sorte e o engenho de detetarem uma oportunidade e de a materializarem num negócio global.
          O caro Miguel não poderia estar mais errado e como disse parte de um pressuposto errado e mesmo perigoso, pelas conclusões que posteriormente tira.

      • Muito bem; excelente analise.
        Outro “bom” exemplo é a Rússia!
        Lá não faltam milionários de Bentley ou Ferrari a cruzar-se com Lada’s todos podres com mais de 40 ou 50 anos…
        Mas também se pode constatar isso nos EUA, o país com mais milionários, mas também dos que tem mais desigualdades sociais (só comparáveis com países de 3º mundo), onde há milhões de pobres que nem acesso a serviços mínimos de saúde tem…
        China é outro caso: o país onde se vendem mais Ferrari’s no mundo, mas onde boa parte da população vive no limiar da pobreza.
        O a Índia…

        • E o Canadá? E a Suíça? E a Austrália?
          Olha… tem juízo.
          Os multimilionários não resultam apenas de crime. Isso é na Rússia e noutros regimes onde o mercado não funciona (ou não funcionava por altura da criação das riquezas iniciais dessas pessoas).
          O Zuckerberg é criminoso? O Bill Gates é criminoso?! Tem juízo. São pessoas inteligentes, que identificaram uma boa oportunidade de negócio. Esforçaram-se por ela e conseguiram. E tu és apenas um invejoso.

          • Oh indignado, alguém falou do Canadá ou da Austrália?
            (A Suiça é diferente porque a sua grande fonte de riqueza é o que se sabe)…
            Que é que disse que o Bill Gates, etc, são criminosos?
            Enfim… andas todo baralhado das ideias ou és apenas palerma!..

        • Não há nada de errado nas desigualdades sociais que existem nos EUA. Se o Bill Gates criou uma empresa do 0, que revolucionou o mundo e criou literalmente milhões de empregos, nada de errado em ter a fortuna que tem. Imoral seria roubar-lhe a fortuna e distribui-la por quem NADA fez para a Microsoft ser o que é.

          Se a Microsoft e o Bill Gates não existissem tecnicamente havia menos desigualdade (pelo menos era menos um bilionário), mas se achas que estava toda a gente melhor, tenho uma ponte para te vender.

          Qualquer pessoa nos EUA que seja inteligente e trabalhe no duro vai ter uma vida MUITO boa. Agora quem quer viver à custa dos outros vai sofrer, e só tem a si próprio a culpar-se. E já agora, só não tem acesso a cuidados de Saúde nos EUA quem não quer. Os idosos têm Medicare, os pobres têm Medicaid. Mas as pessoas têm que se inscrever. Se alguém é tão irresponsável ao ponto de não se inscrever, e depois não tem acesso a cuidados de saúde, só tem a si próprio a culpar-se.

      • Já agora, a razão para isto é fácil de compreender. O maior número de bilionários não é devido a uma minoria retirar dinheiro à maioria, como refere. Ninguém fica mais pobre por haverem mais bilionários. Se o meu vizinho criar uma empresa de sucesso e se tornar bilionário, eu não fico de repente mais pobre. A desigualdade aumenta mas isso não é um problema.

        O aumento de bilionários é o resultado do crescimento da economia e do aparecimento de novas empresas e novos sectores de actividade. Dito de outra maneira, se a economia for representada como uma pizza, o aumento de bilionários não é feito à custa da maioria ter uma fatia mais pequena. O que se passa é que novas empresas fazem crescer a economia, dito de outra maneira, a pizza é agora maior. Há mais bilionários e mais ricos, mas a classe média também fica melhor.

      • Exemplos de países no top 20 dos países com mais bilionários per capita:
        Noruega
        Suíça
        Austrália
        Irlanda
        Alemanha
        Islândia
        Suécia
        Dinamarca
        Canadá
        EUA
        UK
        Finlândia

        Os países corruptos que refere nem aparecem na lista, e não tenho dúvidas que estão no fundo da lista.

      • Exemplos de países no top 20 dos países com mais bilionários per capita: Noruega, Suíça, Austrália, Irlanda, Alemanha, Islândia, Suécia, Dinamarca, Canadá, EUA, UK, Finlândia

        Os países corruptos que refere nem aparecem na lista, e não tenho dúvidas que estão no fundo da lista.

      • O meu comentário não é absurdo, é baseado em factos objectivos. O seu é baseado em emoções e opiniões não substanciadas na realidade. Não consigo escrever aqui links, mas é só pesquisar no Google… E leia os outros comentários aqui escritos, pode ser que aprenda alguma coisa.

    • Tinha que vir asneira!…
      Um dia, quando acordardes, talvez conseguias descobri que a realidade é precisamente o contrário do que escreveste!
      Se há poucos milionários é porque, provavelmente, riqueza está mais distribuída por toda a população, como acontece nos países nórdicos e que estão sempre nos tops dos índices de desenvolvimento e de qualidade de vida (como referiu e bem, o Miguel Queiroz).

      • Outro que não percebe o essencial. O problema não é a riqueza estar mal distribuída. É haver alguns que conseguiram negócios estratoesféricos. E isso não é por a riqueza estar mal distribuída. É por terem acumulado muito através de negócios globais, geralmente. E esse facto traz riqueza aos países onde pagam impostos, onde criam emprego, onde pagam salários. Geralmente os países menos desenvolvidos, não têm negócios globais. E se os têm, estes estão circunscritos não a produtos/serviços de grande consumo mas de muito pequenos nichos.

      • Infelizmente para ti, o meu comentário não é absurdo, é baseado em factos objectivos. O teu, o do Miguel Queiroz, e o de toda a gente que já escreveu nesta notícia, é baseado em emoções e opiniões não substanciadas na realidade. Os países nórdicos estão entre os países do mundo com MAIS bilionários per capita. Rússia, China e Índia, nem se comparam, quando se tem em conta um ranking per capita, que é o que faz sentido. Vai ler os meus posts acima. Estou a ter alguma dificuldade em colocar aqui links, mas uma simples pesquisa no Google confirma o que digo.

        • Factos?
          A Noruega em 1º?
          Fonte?!
          .
          Claro… os países corruptos iam mesmo aparecer nas listas!…até porque os dados deles são mesmo de fiar…
          A Isabelinha de Angola é a mais rica de África e Putin o mais rico do mundo e também não aparecem em nenhum ranking oficial…

          • A Isabel dos Santos aparece regularmente nas listas das mulheres mais ricas do mundo… Já apareceu em artigos da Forbes, BBC… E ela é só uma… conheces o significado da expressão per capita?

            Factos são factos, os países com mais multi-milionários tendem a ser os que têm índices mais elevados de desenvolvimento social. Tudo o resto são opiniões não substanciadas pela realidade, e na maior parte dos casos resumem-se a inveja “não sou rico logo não quero que os outros sejam”. Não consigo escrever aqui links, mas vai ao Google e deixa de fazer figuras tristes…

  2. espero que estes novos ricos ,nao cheguem la com ajudas e cunhas politicas ! infelizmente em portugal existe muitas fortunas criadas por compadrio politico bancario

  3. Riqueza vem de mérito, qualidades humanas, nível de felicidade interior, etc. É algo que é ou deve ser merecido quando vem da verdadeira integridade. Quem rouba ficou rico, mas mais tarde ou mais cedo irá ter as consequências porque não houve mérito naquela riqueza.
    Se uma pessoa for depressiva tende a ser muito pobre porque tem um nível de energia interior mais baixo, etc.

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