Portugal foi o principal produtor de bicicletas na União Europeia em 2019, ao fabricar 2,7 milhões de unidades, praticamente um quarto de toda a produção dos 27 Estados-membros, divulgou esta quinta-feira o Eurostat.
De acordo com os dados do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, no ano passado foram produzidas na União Europeia mais de 11,4 milhões de bicicletas.
Este valor representa um aumento de 5% face ao ano anterior, mas ainda assim aquém do pico registado em 2015, de 13,7 milhões.
O Eurostat aponta que cinco Estados-membros foram responsáveis em 2019 por 70% da produção total de velocípedes na UE, surgindo Portugal destacado à cabeça, com 2,7 milhões de bicicletas, à frente do ‘campeão’ de produção em 2018, Itália (2,1 milhões), da Alemanha (1,5 milhões), Polónia (900 mil) e Holanda (700 mil).
Os dados do Eurostat revelam que Portugal registou uma acentuada subida entre 2018 e 2019, com mais 736 mil bicicletas produzidas (em 2018 fabricara 1,9 milhões), o que lhe permitiu suceder a Itália no primeiro posto da tabela.
Ainda de acordo com o Eurostat, os Estados-membros acabaram por exportar quase 1 milhão de bicicletas e outros equipamentos da mesma categoria.
Estas exportações, no valor de 368 milhões de euros, aumentaram 24% face a 2012.
ZAP // Lusa
Uma muito boa notícia para Portugal e para os portugueses, que certamente irá quase passar despercebida! Estão de parabéns os empresários do sector e os seus trabalhadores, pelo excelente desempenho, numa Europa extremamente concorrencial.
E fala-se agora na reindustrialização do país. Bolas! Faz 47 anos e os amantes da democracia de fachada, decidiram que Portugal seria apenas um país de doutores. Como é possível?
Portugal até 1974, possuía estruturas de industria pesada e leve, que eram reconhecidas internacionalmente. Os moldes produzidos em Portugal, são reconhecidos em todo o mundo. Os nossos mecânicos de aviões, são considerados do melhor que há. Fabricamos todo o tipo de acessórios para a industria automóvel, com total satisfação dos compradores, mas não temos uma marca portuguesa.
Os empresários são, por natureza, pessoas capazes de correr riscos e habituados a eles.
Há muito tempo que os governos deviam ter acarinhado muito mais as tecnologias e estimulado o ensino técnico com os devidos meios de aprendizagem, bem como o aparecimento de novas empresas industriais, o que ainda está por fazer.
Portugal pode ser um grande país e tem povo para isso!
Só desejamos que os governos em funções o percebem e que colaborem com vontade. Ou, caso o não queiram fazer (como até aqui), que ao menos não compliquem com burocracias e exigências, deixando trabalhar, quem tem vontade de o fazer.
As burocracias e exigências são o respeito pelas normas de produção, de segurança no trabalho, etc. Se essas normas não forem cumpridas, os produtos não serão aceites pelos outros países e adeus exportação.