Os chefes da diplomacia portuguesa e iraniana, que se reuniram esta segunda-feira em Teerão, assumiram “preocupações comuns”, entre as quais o nuclear e o extremismo islâmico.
Depois do encontro oficial, o chefe da diplomacia iraniana, Javad Zarif, falou apenas em persa, mas, já à saída, prestou curtas declarações em inglês aos jornalistas portugueses que acompanham o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que hoje termina uma visita oficial de dois dias ao Irão.
Zarif disse que teve “uma conversa muito produtiva” com Machete, que já havia dito o mesmo minutos antes.
“Temos interesses e preocupações comuns”, resumiu o ministro iraniano, referindo-se, em concreto, às negociações em curso sobre o programa nuclear iraniano e o extremismo islâmico liderado por organizações terroristas como Al-Qaeda e Estado Islâmico.
Zarif acredita que é possível chegar a um acordo sobre o nuclear, se “os amigos europeus e os Estados Unidos também estiverem interessados nisso”.
Reafirmando que o Irão está “comprometido em encontrar uma solução” para o nuclear, frisou: “Acho que podemos chegar a um acordo.”
No entanto, alertou que se os EUA aprovarem mais sanções contra o Irão, isso pode provocar danos.
Sobre o extremismo, o chefe da diplomacia iraniana defendeu uma política internacional concertada.
Rui Machete encontra-se esta tarde com o Presidente iraniano Hassan Rohani.
/Lusa