Os “melhores e maiores ativos” de Portugal, aquilo que distingue o país “enquanto melhor destino turístico do mundo, por três anos consecutivos, não será infetado pela covid-19”, acredita a secretária de Estado do Turismo.
Esses ativos – “a paisagem, a gastronomia, as gentes” – “vão ficar e perdurar”, antecipa Rita Marques, em declarações à agência Lusa, por telefone, a dias de participar num debate organizado conjuntamente pelas agências de notícias portuguesa Lusa e espanhola Efe sobre o impacto da pandemia no setor do turismo.
“Evidentemente que, para que esses ativos continuem a poder ser explorados no futuro, precisamos de manter os postos de trabalho e preservar a capacidade produtiva das empresas”, realça a governante.
É isso – assegura – que o Governo tem tentado fazer, tendo identificado, logo no início da pandemia, “a necessidade de lançar um pacote de medidas” e, num segundo momento, tendo reforçado ou renovado algumas dessas medidas. “Estamos a desenhar novos instrumentos para os setores mais impactados, destacando-se, entre estes, o setor do turismo”, aponta Rita Marques.
“Para que, assim que a retoma possa acontecer, com força, como desejamos, não sei se é nos próximos dias, nos próximos meses, ou no próximo ano, tenhamos a nossa capacidade produtiva preservada e possamos responder”, frisa.
As recentes restrições de alguns Estados às viagens para Portugal – com destaque para o Reino Unido – “vieram agudizar uma situação já de si difícil“, assinala. +”As nossas projeções para a atividade turística são agora mais penalizadoras. Há um mês, tínhamos a perspetiva de uma quebra de atividade na ordem dos 50% e podemos estar, nesta altura, a encarar reduções de valor bem superior”, admite. “A situação é especialmente difícil, não há como negar”, reconhece.
O impacto da covid-19 no turismo é o tema do primeiro debate organizado conjuntamente pelas agências Lusa e Efe, esta quarta e quinta-feira, no âmbito do fórum virtual EURAGORA, financiado pelo projeto-piloto europeu Stars4Media, que pretende apoiar a inovação no setor dos media, através da formação e da cooperação transfronteiriça dentro da União Europeia.
Os debates – que serão transmitidos através de uma plataforma online conjunta e das redes sociais de ambas as agências – resultam de uma parceria inédita entre a Lusa e a Efe e juntarão organizações internacionais, comissários europeus, ministros e responsáveis regionais e locais dos dois países, e associações do setor do turismo e dos consumidores.
// Lusa