Portugal colocou esta quarta-feira 1.500 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT) a seis e a 12 meses, com a taxa a seis meses a ser negativa, o que acontece pela primeira vez.
Segundo dados do IGCP, publicados na página da agência Bloomberg, a taxa de juro média a 12 meses fixou-se em 0,021%, enquanto a taxa média a seis meses se fixou em -0,002%.
De acordo com a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na agência Bloomberg, em BT a seis meses foram colocados 300 milhões de euros a uma taxa média de -0,002%, pela primeira vez desde sempre negativa e abaixo da do anterior leilão comparável, de 0,047%, a 18 de março. A procura foi 4,61 vezes superior ao montante colocado, já que atingiu 1.382 milhões de euros.
Em BT a 12 meses foram colocados 1.200 milhões de euros a uma taxa de juro média de 0,021%, também inferior à de 0,094% praticada no anterior leilão comparável em 18 de março. Em relação à procura de BT a 12 meses, esta cifrou-se em 2.365 milhões de euros, 1,97 vezes superior ao montante colocado.
No anterior leilão de BT a seis meses, que ocorreu a 18 de março, o Estado conseguiu colocar 300 milhões de euros a uma taxa média de 0,047%, enquanto no anterior leilão de BT com maturidade de um ano, que ocorreu na mesma data, foram colocados 950 milhões de euros a uma taxa média de 0,094%.
Os dois leilões de hoje estavam já previstos no calendário de financiamento para o segundo trimestre do ano, que aponta ainda para a realização de mais dois leilões de BT, que deverão ocorrer em meados de junho.
Estes leilões deverão ter uma maturidade de três e 11 meses e um montante indicativo global entre 1.000 e 1.250 milhões de euros, de acordo com a página oficial do IGCP.
Neste segundo trimestre, está prevista ainda a emissão de dívida de longo prazo, através da combinação de sindicatos e leilões de Obrigações de Tesouro, esperando-se uma colocação de 1.000 a 1.250 milhões de euros por leilão.
No programa de financiamento do Estado para 2015, divulgado em janeiro, o IGCP previu a emissão bruta de até 14.000 milhões de euros em dívida de médio a longo prazo ao longo do ano para cobrir as necessidades de financiamento, embora o documento não incluísse o pagamento antecipado de parte do empréstimo contraído junto do Fundo Monetário Internacional.
/Lusa