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Porto vai ter “residências artísticas” na Sé e Campanhã

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Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto

Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto

O presidente da Câmara do Porto disse esta quinta-feira haver projetos de “residências artísticas” para as zonas da Sé e de Campanhã e salientou também que a cidade dever apostar numa “estratégia integrada” entre o turismo e a cultura.

Rui Moreira disse que a residência prevista para a Sé está mais “avançada” do que a outra, mas recusou-se a dar mais informações sobre os dois projetos.

O autarca falava após a sessão em que foi feito o balanço do primeiro ano do Projeto 1.ª Avenida, que foi lançado em abril de 2013 e tem o seu quartel-general no edifício da seguradora Axa situado na avenida dos Aliados.

O projeto obteve nota positiva num estudo de avaliação do impacto realizado sob a égide da Porto Business School e hoje apresentado por Carlos Melo Brito.

O estudo concluiu que “o público avalia positivamente o Projeto 1.ª Avenida em termos de impacto na Baixa do Porto, em especial ao nível da atratividade e notoriedade”, referindo que para ta contribuíram “novos talentos, número de eventos culturais e a visibilidade das indústrias criativas.

Mas há também “aspetos onde o otimismo é mais moderado” e esses são a “a limpeza e as compras”, que não beneficiaram muito com o 1.ª Avenida.

O público frequentador dos eventos que ali têm lugar “foi, em geral, jovem, com formação superior e residente no Porto”, apurou ainda o estudo.

Um documento com o balanço do projeto indica que “mais de 250 mil pessoas contactaram diretamente comas iniciativas desenvolvidas no âmbito do 1.ª Avenida”.

“A música e as exposições foram os eventos mais frequentados” por um público, que não podendo ser considerado fiel, dada a “dimensão temporal limitada do projeto”, manifestou “comportamentos que indiciam fidelização crescente”.

Segundo Carlos Melo Brito, “o público gostou e repetiu” a experiência que ali teve e o projeto, por outro lado, contribui para que os Aliados funcionem como um “interface” entre a zona oriental, degradada e desvitalizada, e a ocidental.

O projeto constatou também que o 1.ª Avenida tem a sua imagem associada a ideias como “inovação, dinâmica e criatividade”, lado a lado com “cultura, arte e música”.

Rui Moreira conclui, por sua vez, que “valeu a pena” apostar neste projeto, que só foi possível porque houve “uma enorme adesão” da cidade e, nomeadamente, da maioria dos seus principais agentes culturais.

“Temos de mostrar isto também àqueles que nos visitam”, defendeu o autarca, salientando que o turismo deve tirar partido da oferta cultural que o Porto possui e que, em sua opinião, é um “aspeto diferenciador” face a cidades com uma dimensão similar.

Rui Moreira referiu, a propósito, que há dois novos hotéis a caminho do Aliados e disse ter a “firme convicção de que o futuro passa por investir numa “estratégia integrada” entre o turismo e a cultura, para que os turistas não se fiquem pela clássica visita à Ribeira.

O Projeto 1.ª Avenida ocupa os sete pisos e 50 salas do Edifício Axa e até hoje acolheu 270 eventos de várias disciplinas culturais, como a música, a escultura, o teatro, a dança, a fotografia, o design, o novo circo e o cinema.

A companhia Balleteatro, que ocupa um dos pisos, é um dos seus parceiros residentes.

/Lusa

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