Como disse Ventura, “a história fez a sua escolha” e acaba de se repetir e não é só no Porto). A capital do Norte voltou a ser a maior resistente ao crescimento da extrema-direita, protagonizando o pior resultado do Chega a nível nacional.
Em segunda-feira de rescaldo, não há margem para dúvidas: o Chega foi um dos grandes vencedores da noite eleitoral, após quadriplicar o número de deputados eleitos, em relação a 2022.
Com 18,06% dos votos a nível nacional, o partido cimentou a sua posição como terceira força política atrás da Aliança Democrática (28,63%, mais 0,86% do PPD/PSD.CDS-PP) e do PS (28,66%) e celebrou o “fim do bipartidarismo” quando ainda nem eram conhecidos os resultados finais.
Mas como disse André Ventura, a “história já fez a sua escolha” e, como tal, houve um grande resistente: a cidade do Porto.
O partido liderado por Ventura voltou a ficar muito aquém dos resultados nacionais no distrito e município da “Invicta”. Foi na capital do Norte que se registou o pior resultado do Chega em todo o território nacional: no caso do distrito do Porto, o Chega ficou-se pelos 15,35%, elegendo sete deputados; no município, o partido de extrema-direita não chegou aos 10%.
História repete-se (e não é só no Porto)
Já nas eleições de 2022, o Chega não convenceu a cidade do Porto, obtendo 4,37% dos votos — o resultado mais baixo a nível nacional.
Em Coimbra (15,46%) e Açores (15,76%), a terceira força política voltou a ser mal amada.
Já em 2022, os Açores, com 5,93%, tinham sido o terceiro pior resultado do Chega a nível nacional, atrás do Porto e Braga, que desta vez protagonizou o quarto pior resultado do partido, com 16,86% e quatro deputados face aos 5,81% e deputado único de 2022.
Coimbra, agora o segundo grande resistente ao crescimento do partido de Ventura, que lá elegeu apenas dois deputados este domingo, tinha sido em 2022 o sétimo com menor percentagem de votos do Chega, com 6,13% e nenhum deputado, ficando ainda atrás de Aveiro (5,64%), Viana do Castelo (6,06%) e Madeira (6,08%), onde o partido subiu agora para 17,25%, 18,64% e 17,56%, respetivamente.
Não votam nele porque ele trabalhava no cmtv e era comentador que defendia o Benfica. Para os portistas primeiro está o clube e depois os interesses nacionais.
“Só” 7 deputados? Nada mau…