Em 2017, as receitas das portagens ascenderam aos 1035 milhões de euros, o valor mais elevado de sempre. Este valor representa um aumento de cerca de 65% face aos números registados em 2012, ano em que as receitas atingiram o valor mais baixo da última década, 628 milhões de euros.
De acordo com o Correio da Manhã, que avança com a notícia nesta quinta-feira, dos 1035 milhões gastos pelos portugueses, mais de metade foram parar aos cofres da Brisa, empresa responsável pela gestão de mais de mil quilómetros de autoestradas em Portugal.
A concessionária arrecadou 557,2 milhões de euros no ano passado, de acordo com a Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Autoestradas ou Pontes com Portagens (APCAP) citados pelo matutino.
Segue-se a Lusoponte – entidade responsável pelas duas travessias do Tejo em Lisboa, ou seja, as pontes 25 de Abril e Vasco da Gama – em segundo lugar, arrecadando receitas que rondam os 79 milhões de euros.
O CM aponta que o crescimento do tráfego automóvel – que atingiu os 6,2% em 2017 – também contribuiu para o aumento das receitas. No ano passado, a atualização do preço das portagens apenas abrangeu cerca de 22% das taxas. Na maioria dos casos, a subida foi de cinco cêntimos, o valor mínimo fixado por lei.
Em 2012, quando se registou o valor mais baixo de sempre nas receitas das portagens (628 milhões de euros), Portugal estava em plena crise económica e contava com a intervenção da troika.