Porta-voz de Putin hospitalizado após teste positivo à covid-19

Konstantin Zavrajin / Kremlin / Sputnik / EPA

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin

O porta-voz da Presidência russa anunciou, esta terça-feira, estar infetado pelo novo coronavírus, tendo informado que se encontra hospitalizado a receber cuidados médicos.

“Sim, estou doente. Estou a ser tratado”, declarou o porta-voz do Presidente russo, Dmitri Peskov, citado pelas agências russas TASS, Interfax e Ria Novosti, sem fornecer mais informações.

Questionado ainda sobre quando tinha sido a última vez que esteve com o Presidente russo, Vladimir Putin, o porta-voz do Kremlin respondeu que tinha sido “há mais de um mês”.

Peskov, elemento muito próximo do chefe de Estado russo, não surgia nas conferências de imprensa quase diárias do Kremlin desde 6 de maio.

Antes de Dmitri Peskov, o primeiro-ministro russo, Mikhail Michoustine, e os ministros das pastas da Construção, Habitação e Serviços Públicos e da Cultura, Vladimir Iakouchev e Olga Lioubimova, respetivamente, já tinham sido diagnosticados com a doença.

O anúncio acontece um dia depois de Putin ter afirmado que, apesar do perigo ainda se manter, a Rússia estava a conseguir retardar a progressão dos contágios e que o país ia começar a aliviar gradualmente o confinamento, em vigor desde finais de março.

“A partir de amanhã, 12 de maio, termina o período de encerramento da economia em vigor em todo o país e em todos os setores da economia. Mas a luta contra a epidemia não acaba. O perigo continua”, disse, na segunda-feira, Vladimir Putin num discurso ao país transmitido pela televisão.

Horas antes de Putin ter falado ao país, as autoridades de saúde russas tinham anunciado o registo diário de mais de 11.600 novos casos da doença. O país registou, até à data, 2116 mortes associadas à covid-19.

A Rússia, que regista 232.243 casos, tornou-se no segundo país do mundo com maior número de contaminações, a seguir aos Estados Unidos, indica um balanço da agência AFP.

Os Estados Unidos estão na primeira posição com 1,34 milhões de casos, seguidos pela Rússia (232.243) e surgindo depois Espanha (228.030) e o Reino Unido (223.060).

ZAP // Lusa

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