Porta 65. Renda máxima duplica em Lisboa e no Porto

As rendas máximas admitidas no programa Porta 65 vão ser atualizadas através da compatibilização com os valores definidos no Programa de Arrendamento Acessível.

Segundo o jornal Público, a renda máxima admitida no Porta 65 vai passar a ser praticamente o dobro em algumas cidades, nomeadamente Lisboa e Porto.

Os valores máximos de renda admitida no sistema de apoio ao arrendamento destinado a jovens até aos 35 anos aumentaram 13% desde 2010. O diário escreve que a taxa de rejeição das candidaturas ao programa foi superior a 50% pelo menos em 2018.

Quando o OE2022 entrar em vigor, vão mudar dois critérios de candidatura a este programa. Em primeiro lugar, quem se quiser candidatar-se não precisa de ser titular de um contrato de arrendamento para habitação permanente e, depois, os limites passam a ser compatíveis com os valores previstos no Programa de Arrendamento Acessível.

Segundo os cálculos do Público, é nas cidades mais caras para arrendar casa que a atualização dos limites será mais expressiva. Além disso, os aumentos serão particularmente significativos para as casas de maior dimensão – que não são as mais procuradas pelos candidatos ao Porta 65.

O Porto será o município mais beneficiado. Antes, a renda máxima permitida pelo Porta 65 para um T1 era de 468 e passará agora para os 775 euros, uma subida de 65%. No caso de um T3, a atualização é de 106%, subindo de 581 para 1200 euros.

Em Lisboa, as diferenças serão notórias em particular nas casas de maiores dimensões. Será permitido um T5 com uma renda máxima de 1700 euros, um aumento superior a 95% em relação ao atual valor de 869 euros. Já a renda máxima de um T3 dispara 82%, de 756 euros para 1375 euros, enquanto um T1passa de 581 euros para 900 euros, uma percentagem de 55%.

No Algarve – em particular em Albufeira, Castro Marim, Lagos, Loulé e Tavira – a renda máxima prevista para um T3 vai aumentar em quase 90%, de 490 para 925 euros.

Ainda assim, os limites máximos admitidos no Porta 65 vão aumentar substancialmente em todo o país, com taxas de crescimento a dois dígitos em mais de um quinto dos municípios existentes, sobretudo a partir da tipologia T3.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.