Apesar de ser uma crença comum, o inglês não é a língua oficial dos EUA, uma vez que este é um dos país que excecionalmente não reconhece oficialmente qualquer língua.
Para compreender melhor esta particularidade é necessário recuar até à génese dos Estados Unidos da América (EUA) e aos ideais dos países fundadores.
Em todo o mundo, cerca de 180 países têm a sua língua oficial e mais de 100 têm várias línguas oficiais.
Segundo o IFL Science, o país que detém o recorde do maior número de línguas oficiais é a Bolívia, que tem 37 línguas oficiais, incluindo o espanhol e dezenas de línguas indígenas.
Quando os EUA se tornaram realidade, durante o século XVIII, tinham outras ideias em mente, nomeadamente os ideais de liberdade e igualdade individuais.
Embora o inglês se tenha estabelecido como a língua mais dominante nas colónias americanas ao longo do século XVIII, havia ainda uma parte significativa da população que falava a língua materna do seu país de origem.
Sendo um país multicultural, seria injusto escolher uma língua em detrimento de outra. Em 1780, John Adams propôs ao Congresso Continental que o inglês se tornasse a língua oficial dos EUA, mas foi considerado “antidemocrático e uma ameaça à liberdade individual“.
Assim, os EUA não têm uma língua oficial a nível federal, mas 32 dos 50 estados americanos e os cinco territórios americanos reconheceram o inglês como língua oficial a nível local.
Têm havido tentativas contínuas de instalar o inglês como língua oficial dos EUA nas últimas duas décadas. Recentemente, em 2023, os senadores republicanos JD Vance, do Ohio, e Kevin Cramer, do Dakota do Norte, apresentaram um projeto de lei para declarar o inglês como a língua oficial do país.
Muitas destas tentativas têm sido motivadas pelo receio de que a língua inglesa esteja a morrer.
Contudo, os últimos dados dos censos indicam que 78,3% da nação fala apenas inglês. Embora este valor seja ligeiramente inferior ao do conjunto de dados anterior (78,7% em 2013-2017), é evidente que o inglês é a língua mais falada. O segundo idioma mais usado nos EUA é o espanhol, mas 61% dos falantes de espanhol conseguem falar inglês “muito bem”.
As línguas estão em constante evolução e os EUA não são exceção. Os linguistas registaram vários desenvolvimentos na forma como as pessoas falam nos EUA, comparativamente com as décadas passadas.
Por exemplo, os investigadores notaram que o sotaque clássico do sul está a desaparecer. Por outro lado, estão a nascer novos sotaques noutros locais, em resultado da mistura cultural entre falantes de espanhol e de inglês.
Já agora também é tempo de criarem um NOME para o país, porque Estados Unidos da América não é um nome mas uma descrição.
Deviam escolher como língua oficial uma das nações índias que praticamente exterminaram para ficarem com todo aquele território. Tal como estão agora a ajudar a fazer.
Porque se eu herdar uns hectares de terreno e decidir tornar aquilo um bosque para preservar a biodiversidade é problema meu. O terreno é meu por direito e faço com ele eo que bem entender.