Apesar de vermos regularmente uma grande quantidade de pombos, raramente (ou nunca) se veem as suas crias. Mas há uma resposta para este mistério.
Segundo o IFL Science, a primeira razão é que os pombos que encontramos a comer ou a andar na rua são, provavelmente, pombos selvagens — Columba livia domestica.
Confuso? Selvagem… doméstico? Isto tem razão de ser. Esta subespécie de ave foi originalmente criada a partir das pombas selvagens que se empoleiram e reproduzem nas falésias e nas fendas das montanhas rochosas da Europa, do Norte de África e da Ásia Ocidental.
Embora o habitat deste subespécie seja agora uma metrópole movimentada, em vez de uma costa rochosa, ainda tendem a nidificar nos cantos altos e nas cavidades dos edifícios.
Debra Kriensky, bióloga de conservação da NYC Audubon Society explicou que “só se conseguirmos ver o interior de um ninho é que é possível ver pombos bebés“.
“Na altura em que deixam o ninho, já são bastante grandes e assemelham-se mais a aves adultas do que a crias”, acrescentou.
Outro fator a ter em consideração é que os pombos bebés só deixam o ninho depois de 25 a 32 dias. Por isso, a menos que os encontre neste breve período no topo de um edifício, é pouco provável que os veja.
Martin Fowlie, da Sociedade Real para a Proteção das Aves (RSPB), explicou que “os pombos nascem nus e precisam de criar penas antes de poderem sair do ninho. Permanecem nos seus ninhos até serem capazes de voar como outras espécies que constroem ninhos”.
Por isso, se vir um pombo bebé fora da zona que era suposto, provavelmente não serão boas notícias. É frequentemente um sinal de que algo não está bem.
“Vemos uma quantidade razoável de bebés que caem do ninho antes de serem suficientemente grandes para voarem e se defenderem sozinhos”, disse Kriensky. “Nesses casos, os bebés devem ser devolvidos ao ninho, um ninho improvisado nas proximidades, se possível, ou levados a um cuidador de vida selvagem.”