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Porque é que ninguém se atreveu a abrir este sarcófago egípcio descoberto há 106 anos?

Egypt Museum

Um sarcófago descoberto há 106 anos continua por abrir devido a um enigma sem precedentes na arqueologia egípcia.

Segundo o EL Confidencial, a múmia é única pelo facto de ter sido embrulhada num padrão geométrico nunca antes visto na história. Os arqueólogos têm sérias dúvidas sobre o que aconteceria se fosse aberta.

A múmia está envolta num método de embalsamamento único, poderia perder-se para sempre se fosse adulterado, pelo que nunca nenhum ser humano conseguiu ver com os seus próprios olhos o que lá se encontra.

Em 1919, o arqueólogo Howard Carter encontrou um sarcófago no Vale dos Reis, três anos antes de ter descoberto o túmulo de Tutankhamon. No seu interior estava uma múmia envolta num padrão geométrico nunca antes visto, o que levou os investigadores a batizá-la de Bashiri.

A forma como as ligaduras foram dispostas é inédita, criando um desenho que faz lembrar as pirâmides do Egito. Este pormenor sugere que o indivíduo poderá ter pertencido à nobreza ou ter ocupado um cargo de grande importância na sociedade egípcia da época.

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A razão pela qual ninguém teve acesso ao seu interior não está relacionada com superstição, mas sim com a extrema fragilidade da ligadura. Este método de mumificação é único na história e qualquer alteração poderia destruir um legado de valor inestimável.

Para evitar danos, os especialistas utilizaram tomografias computorizadas e raios X, métodos não invasivos que forneceram algumas informações sobre o indivíduo. Foi determinado que se tratava de um homem com cerca de 1,67 metros de altura e que viveu no século III a.C., no auge da era ptolomaica.

A análise revelou pormenores intrigantes. O seu peito está decorado com filas de contas em forma de cabeça de falcão, símbolo de poder e riqueza. Além disso, o corpete apresenta representações de Ísis e Néftis, as divindades protetoras dos defuntos.

Nos pés, duas imagens de Anúbis, o Deus do submundo, o que reforça a hipótese de que Bashiri era um indivíduo de alto estatuto. No entanto, não foi encontrada nenhuma inscrição clara que confirme com certeza o seu nome.

Teresa Oliveira Campos, ZAP //

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