Egypt Museum

Um sarcófago descoberto há 106 anos continua por abrir devido a um enigma sem precedentes na arqueologia egípcia.
Segundo o EL Confidencial, a múmia é única pelo facto de ter sido embrulhada num padrão geométrico nunca antes visto na história. Os arqueólogos têm sérias dúvidas sobre o que aconteceria se fosse aberta.
A múmia está envolta num método de embalsamamento único, poderia perder-se para sempre se fosse adulterado, pelo que nunca nenhum ser humano conseguiu ver com os seus próprios olhos o que lá se encontra.
Em 1919, o arqueólogo Howard Carter encontrou um sarcófago no Vale dos Reis, três anos antes de ter descoberto o túmulo de Tutankhamon. No seu interior estava uma múmia envolta num padrão geométrico nunca antes visto, o que levou os investigadores a batizá-la de Bashiri.
A forma como as ligaduras foram dispostas é inédita, criando um desenho que faz lembrar as pirâmides do Egito. Este pormenor sugere que o indivíduo poderá ter pertencido à nobreza ou ter ocupado um cargo de grande importância na sociedade egípcia da época.
Bashiri mummy is the only mummy from which scientists did not dare and refused to remove the linen because there is no human being or technology in the entire world that can return it as it was. Discovered in 1919 by Howard Carter in the Valley of the Kings #Egypt @stelle_lune pic.twitter.com/RBUkGvlDeS
— Miguel Calabria (@MiguelCalabria3) January 31, 2025
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A razão pela qual ninguém teve acesso ao seu interior não está relacionada com superstição, mas sim com a extrema fragilidade da ligadura. Este método de mumificação é único na história e qualquer alteração poderia destruir um legado de valor inestimável.
Para evitar danos, os especialistas utilizaram tomografias computorizadas e raios X, métodos não invasivos que forneceram algumas informações sobre o indivíduo. Foi determinado que se tratava de um homem com cerca de 1,67 metros de altura e que viveu no século III a.C., no auge da era ptolomaica.
A análise revelou pormenores intrigantes. O seu peito está decorado com filas de contas em forma de cabeça de falcão, símbolo de poder e riqueza. Além disso, o corpete apresenta representações de Ísis e Néftis, as divindades protetoras dos defuntos.
Nos pés, duas imagens de Anúbis, o Deus do submundo, o que reforça a hipótese de que Bashiri era um indivíduo de alto estatuto. No entanto, não foi encontrada nenhuma inscrição clara que confirme com certeza o seu nome.