A população da Coreia do Sul pode ficar um ano “mais jovem”, isto se o Presidente eleito, Yoon Suk-yeol, conseguir abolir o conceito da “idade coreana”.
A Coreia do Sul conta com três sistemas distintos para contabilizar a idade de uma pessoa. O primeiro é o internacional, que utiliza a data de nascimento; o segundo é o oficial, em que os bebés nascem com 0 anos de idade e ganham um ano a cada dia 1 de janeiro; e o terceiro é o chamado método da “idade coreana”.
Segundo este último, que é o mais usado socialmente, todas as pessoas têm automaticamente um ano de idade ao nascer e ficam um ano mais velhas no primeiro dia do ano civil, independentemente da data de nascimento.
A título de exemplo, uma pessoa nascida a 30 de dezembro de 1995 tem 28 anos na idade coreana, 26 anos segundo o método internacional e 27 de idade oficial.
Esta tradição de calcular a idade teve início na China, fez parte da cultura de diferentes países asiáticos mas só a Coreia do Sul a mantém. Talvez não por muito tempo.
Segundo o Insider, o país está perto de abolir este método depois de ter causado algumas consequências sociais e até económicas, nomeadamente devido à persistente confusão sobre o cálculo da idade na hora de os cidadãos receberem prestações sociais e outros serviços administrativos.
Durante a pandemia, o problema tornou-se mais evidente, uma vez que as autoridades de saúde pública usaram a idade internacional e a idade coreana de forma intercambiável para definir a faixa etária para a elegibilidade da vacina contra a covid-19.
Lee Yong-ho, chefe do subcomité político, judicial e administrativo da equipa de transição de Yoon Suk-yeol, disse durante uma conferência de imprensa que há planos para uniformizar a forma como a idade é contabilizada.
Ainda assim, a ideia de se padronizar esta questão não é nova. Desde 2019, circulam vários projetos de lei na Coreia do Sul com essa finalidade.