A equipa da polícia inglesa responsável pela investigação ao desaparecimento de Madeleine McCann está reunida nas instalações da Polícia Judiciária (PJ), em Faro, para novas inquirições a testemunhas e contactos com as autoridades portuguesas.
A equipa chegou às instalações da diretoria de Faro da PJ pelas 9h20, entre eles, o inspetor-chefe Andy Redwood que tem estado responsável pela investigação britânica nos últimos três anos e meio e que agora, por entrar na reforma, passa o caso para a inspetora-chefe Nicola Wall, da Metropolitan Police.
As inquirições sobre o desaparecimento de Madeleine McCann, que desapareceu do quarto onde dormia com os seus dois irmãos mais novos a 3 de maio de 2007, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve, deverão decorrer durante três dias.
Na edição desta terça-feira, o Correio da Manhã refere que vão ser inquiridas 11 testemunhas – sete portugueses e quatro britânicos -, ação que resulta das diligências pedidas pela polícia inglesa, que terá fornecido mais de 250 perguntas para a polícia portuguesa fazer às 11 testemunhas, já de acordo com a BBC.
Segundo informações facultadas pela Scotland Yard à Lusa, a transferência do processo para o novo chefe da investigação está em curso e os pais da criança e outros interessados foram informados da mudança.
Nicola Wall transita da divisão de Homicídios e Crimes Graves para a Operação Grange e assume funções oficialmente a 22 de dezembro.
A equipa de investigadores esteve em Portugal em outubro, cerca de três meses depois das últimas inquirições no âmbito deste caso, tendo mantido reuniões na Polícia Judiciária de Faro e no Instituto Nacional de Medicina Legal (INML).
Na altura, o presidente do INML, adiantou que os inspetores da Scotland Yard demonstraram vontade em realizar novas análises às provas recolhidas durante a investigação, estando em aberto a possibilidade de serem realizadas em Inglaterra ou no Instituto Nacional de Medicina Legal.
A polícia britânica terá estado ainda a preparar novas inquirições a suspeitos no âmbito deste processo, depois de, em julho, terem interrogado quatro arguidos e uma dezena de testemunhas.
No início de junho, agentes britânicos de investigação forense, PJ e GNR realizaram várias buscas com cães, no miradouro da Praia da Luz e em terrenos à entrada da localidade turística da Aldeia da Luz.
Ao todo, foi investigada uma área de cerca de 60 mil metros quadrados, incluindo condutas de eletricidade e gás, esgotos e edifícios em ruínas, com o auxílio de cães pisteiros e georadares, buscas que se revelaram infrutíferas.
Em agosto, a Scotland Yard entregou a quinta carta rogatória às autoridades portuguesas, no sentido de realizar novas diligências.
/Lusa
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