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“Tratados como o inimigo”. Polícia grega lança gás lacrimogéneo sobre migrantes

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Erdem Sahin / EPA

Milhares de pessoas esperam por uma oportunidade de entrar em território da União Europeia na fronteira com a Turquia. As forças de segurança gregas respondem com gás lacrimogéneo e explosões.

A polícia grega voltou a lançar gás lacrimogéneo esta quarta-feira contra migrantes e refugiados que tentavam entrar na Grécia pela fronteira com a Turquia, de acordo com os meios de comunicação gregos e a agência de notícias espanhola EFE.

A agência espanhola referiu que a situação esteve mais turbulenta, depois de na terça-feira ter estado mais calma. “Os refugiados estão a ser tratados como inimigos”, disse o eurodeputado alemão Erik Marquart, que está em Lesbos.

Embora a polícia turca ainda não permita que os meios de comunicação se aproximem da fronteira, veem-se colunas de gás e ouvem-se explosões a um quilómetro da passagem da fronteira de Pazarkule, na área de onde há seis dias milhares de pessoas esperam por uma oportunidade de entrar em território da União Europeia (UE). Um grupo de migrantes tentou forçar a entrada através da passagem de fronteira de Pazarkule-Kastanies e as forças de segurança gregas usaram gás lacrimogéneo, segundo a estação pública grega ERT.

O Conselho de Administração da Frontex, agência europeia da guarda costeira, aprovou na terça-feira a intervenção rápida nas fronteiras externas da Grécia, feita a pedido das autoridades gregas devido ao fluxo de refugiados oriundos da Turquia. A decisão foi adotada numa reunião extraordinária do Conselho de Administração da Frontex, que é composto por representantes das autoridades de fronteira dos Estados-membros da União Europeia (UE) e de países associados a Schengen, além de dois membros da Comissão Europeia.

No encontro, realizado na terça-feira em Varsóvia, ficou então decidido que a Frontex vai “apoiar plenamente a Grécia na resposta à situação atual das suas fronteiras externas junto à Turquia e agir no espírito da solidariedade europeia”, referiu o organismo em comunicado. Isso significa que a agência vai avançar com a “intervenção rápida nas fronteiras solicitada pela Grécia e decidida pelo diretor executivo”, tal como anunciado na segunda-feira.

De acordo com a nota, na reunião, “os Estados-membros [que compõem a administração da Frontex] manifestaram prontidão” em colaborar nesta intervenção rápida, isto a nível de pessoal e de equipamento.

A Grécia enfrenta uma brutal pressão nas suas fronteiras externas com a Turquia, depois de o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter decidido “abrir as portas” aos refugiados que pretendem rumar à Europa, numa tentativa de garantir mais apoio ocidental na questão da guerra na Síria.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. Em vez de os mandar para trás com os barcos logo no início da debandada de vários países asiáticos e africanos hoje a Europa não tinha este grave problema nas mãos- E, os idiotas do ”Welcome refugies” deviam obrigar-se a tê-los levado para as suas casas. Agora não os querem e até os combatem depois de perceberem o lixo que deixaram entrar e não sabem como resolvê-los. Incompetentes e hipócritas!

  2. Só quem passa pelas situações é que sabe.
    Isto deixa-me triste.
    Os culpados, no meu ponto de vista são os oportunistas dos governantes do pais deles que roubam o que deve ser usado para melhorar o pais e por consequência a vida do povo não os deixando outra alternativa senão procurar melhor!
    Acho lamentável isto acontecer e mais ainda os tratarem como objetos.

    • Sim, claro porque os ingleses, franceses, americanos, etc, que foram lá destruir a Siria, não tem culpa de nada…
      Antes, na Síria, não passavam fome nem tinham 4 milhões de refugiados…..

  3. Sim, claro porque os ingleses, franceses, americanos, etc, que foram lá destruir a Siria, não tem culpa de nada…
    Antes, na Síria, não passavam fome nem tinham 4 milhões de refugiados…..

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